I-Quando Sol Nasce

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A história que lhes vou contar retrata o amor e o sofrimento de uma maneira trágica porém confiante

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A história que lhes vou contar retrata o amor e o sofrimento de uma maneira trágica porém confiante. De corações partidos e enganados, almas aflingidas e atormentadas por seus fantasmas mais assustadores, suas dores mais profundas, seus amores roubados ou amores que acabam de nascer, lágrimas de contentamento e de desencanto, olhares bondosos e gentis e os que são gananciosos e buscam vingança pela ira do tempo. Uma historia de um lugar muito distante e encantado, no mais profundo bosque. Onde nenhum humano jamais esteve... Ou jamais revelou.

Ouvia-se um choro, mas não de tristeza, era um choro vindo da doce criatura cujo nome seria Sol. Ela era entre todas a mais bela, a mais virtuosa, a mais amável e por onde passava despertava interesse, não só pelos seus encantos, mas por tudo que haveria de ser. Sol seria uma moça bondosa, mas também corajosa quando se diz respeito a sua família, ela era feroz quando sentia-se ameaçada ou quando um de seus irmãos insistia em lhe atormentar a vida. Sol era a mais nova de sete irmãos, para seu terrível pesadelo teve o infeliz destino de ser a única mulher. Mas o mais triste mesmo não era isso, era que sua mãe morrera depois de tê-la.
Era uma manhã tranquila e serena, alguns pássaros cantavam ao longe, a fina ventania que escorria pela janela escancarada fazia as cortinas bordadas a mão, esvoaçarem numa sincronia sem fim, o mundo lá fora parecia reagir ao nascimento de um ser iluminado de bondade e doçura. A mulher chamada Suzana se contorcia de dor sobre a cama, enquanto abafava seus gritos de dor, alguns minutos mais e pôde-se ouvir o choro brando e fraco da pequena indefesa que acabara de nascer. Suzana segurou a filha em seus braços com a ajuda da parteira ali presente, deu um beijo singelo em seu bebê e o admirou por alguns meros segundos;
- Ela tem os cabelos de fogo Sra. Suze, iguais os seus! É sua cara. - Disse a parteira admirando a beleza da pequena menina, alva como a neve.
- E tem olhos selvagens, como folhas da primavera.
- Sim Carmelita, ela é a criatura mais fascinante que já vi. Ela segurou sua doce menina nos braços, beijou-lhe com ternura e admirou sua pequena indefesa por alguns segundos; Suzana deixou um gemido escoar por entre os lábios pálidos. Não havia mais tempo, segurei a bebê enquanto tentava socorrer Suzana que revirou os olhos enquanto se desfalecia e aquela foi sua despedida. Para sempre. Sol como assim fora chamada, jamais contemplaria fascinada o olhar angelical de sua mãe para ela. Nunca mais aquelas terras ouviria os risos soltos de Suzana e suas corridas descalças como bicho solto. Ela partiu como o vento parte no fim de tarde. Deixou-nos apenas a saudade dos seus entes queridos que choravam sua ausência.

 Deixou-nos apenas a saudade dos seus entes queridos que choravam sua ausência

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Eprain-Uma Floresta Encantada {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora