XVI-O Ciúme de Lilive

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Depois de encarar friamente a pobre menina que parecia encantada com a beleza e graciosidade de Lilive. Não era de se duvidar... Lilive era uma das criaturas mais belas do reino, não só por ser diferente das outras fadinhas, mas por ser sempre tão atenciosa e amável, o que não foi bem o que ela demonstrou ser para Sol logo mais...
ㅡ Vejo que ela acordou...
Disse a fada diretamente para Charlotte.
ㅡ Ela acabara de despertar Lilive, está muito confusa e cansada. Necessita de que lhe tragam algo para comer.
ㅡ Tens razão Charlotte. Apressem-se meninas! tragam comida e roupas limpas, ela precisa de algo descente para vestir já que vai conversar com o príncipe.
ㅡ Conversar com o príncipe? Mas... isso não é necessário!
ㅡ E por que não Charlotte? ela é uma intrusa em nosso meio, de certa forma o príncipe precisa saber quem ela é, a que reino pertence, que tipo de ser ela é... São perguntas que precisam de repostas.
ㅡ Mas isso não poderia ser um pouco mais adiante? a pobre moça está cansada, está confusa, não seria melhor deixar para um outro dia...
ㅡ O que está acontecendo Charlotte? acaso conheces a garota? sabes quem ela é?
O clima parecia pesado dentro do quarto, ambas as partes pareciam travar uma luta, mas Sol sentia na pele o preço que teria de pagar por entrar em terras desconhecidas. Aquele não era seu lugar, não era seu mundo, na verdade nada daquilo fazia sentido e só então ela se deu conta da grande burrada que cometeu ao ultrapassar os limites de seu conhecimento. Ela nunca esteve com tanto medo em toda sua vida.
ㅡ Eu... eu não a conheço Lilive e não queira pôr palavras em minha boca, me deves respeito pois sou importante neste castelo, não admito que me desafie desta maneira. O que deu em você para agir assim? tão friamente? Parece até que passou a odiar todo mundo!
Ao ouvir isso a fada deixou-se tocar, ela de fato não se dava conta de seu inevitável ciúme, é claro que Charlotte percebeu os olhos do príncipe brilharem ao ver a jovem Sol, Charlotte era uma raposa velha e sábia, mas para sua tristeza Lilive era também muito esperta e também notou o fascínio do príncipe pela estranha menina.
ㅡ Tudo bem... me desculpe Charlotte. Mas são ordens de Caspian, deves cumprir e mandar a menina o quanto antes para a sala real. Essa conversa é necessária, não sabemos quem ela é, pode ser uma espiã entre nós, vinda do reino de Laian, aquele demônio é capaz de tudo para destruir o próprio primo, até seria capaz de mandar uma bruxa disfarçada em nosso meio. Ao dizer isso Lilive encarou mais uma vez a menina que além de assustada, agora sentia-se humilhada e ofendida. Charlotte não pôde deixar de se culpar por tudo de mal que aquela pobre e inocente menina sofreria.
Então todos saíram do quarto para que a menina trocasse as vestes. Charlotte seu uma última olhada para a face triste de Sol, e fechou a porta deixando o ambiente silenciosamente angustiante. Sol se levantou meio tropeça, segurando nos móveis até chegar na janela onde um brilho delicioso e agradável batia contra seu rosto molhado por lágrimas. Ela temia o pior e sentia-se culpada por tudo o que estava causando aquele ligar fascinante. Ela observou chorosa as borboletas no jardim e lembrou que seu pai sempre lhe contava o quanto sua mãe amava borboletas, pois para ela representava a esperança ainda que os ventos fortes e a escuridão surgissem, elas nunca desistiriam.

 Ela observou chorosa as borboletas no jardim e lembrou que seu pai sempre lhe contava o quanto sua mãe amava borboletas, pois para ela representava a esperança ainda que os ventos fortes e a escuridão surgissem, elas nunca desistiriam

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