XXIII-Uma Flor Para Outra Flor

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Depois que voltarem para o castelo, Sol tratou de agradecer ao seu salvador quando ficaram a sós no jardim real.
Ele parecia mais leve de alguma forma e ela também, aquela manhã prometia ser terrível, mas ele a salvou.
Os dois caminhavam juntos por entre as rosas brancas e vermelhas.
ㅡ Me perdoe pelo que a fizeram hoje mais uma vez Sol...
ㅡ Não é necessário! eles... Eles não sabem o que fazem. Só estão nervosos e com medo.
ㅡ Mas isso não dá o direito de que eles te julguem e lhe digam coisas grosseiras.
ㅡ Não os culpo! Quem sabe se eu estivesse no lugar deles, o que eu faria? estaria tão amedrontada quanto eles. Sou alguém diferente no meio deles príncipe, o que pensaria se visse alguém diferente em seu meio em tempos difíceis? o mesmo que eles fazem agora. É um meio de defesa.
ㅡ Você se refere pela sua... Como posso dizer... sua beleza exótica?
Aquilo causou um leve frio na barriga de Sol.
ㅡ Não encontro beleza alguma em mim alteza...
ㅡ Isso porque é você. Talvez se parasse de se preocupar tanto e se olhasse mais no espelho não diria que sou mentiroso.
ㅡMas não o digo que tu és alteza! na verdade não foi essa minha intenção...
ㅡ Está vendo? Você se preocupa demais com a opinião dos outros e não percebe o quanto é especial.
Os dois jovens pararam no meio do jardim, Caspian arrancou uma rosa e a entregou para Sol que meio tímida a pegou com delicadeza e simplicidade.
ㅡ Me perdoe alteza... tentarei ser mais confiante.
ㅡ Por favor... me chame apenas de Caspian.
ㅡ Cas...Caspian. Ele sorriu e Sol também, nem se deram conta de que no topo do castelo, no quarto mais alto, a fada Lilive os observava muito tristonha.

Eprain-Uma Floresta Encantada {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora