Era uma vez, uma menina simples do interior de Lebanon, Estado de New Hampshire nos EUA. Ela e sua família eram pessoas humildes e Sol era a caçula dentre outros seis irmãos, seu pai sempre se esforçou para cuidar de cada um deles, principalmente qu...
As fadinhas sobrevoavam o grande salão enquanto seu brilho enchia a festa de alegria. De um lado de meu trono estava Charlotte com uma modesta pena amarela na cabeça e sua incomparável elegância, do outro estava Lilive em seu melhor vestido de festa cujo brilho e encanto realçava sua beleza. Ela me encarou e sorriu ao notar meu olhar sobre si, devolvi o sorriso e segurei sua mão. Todos estavam radiantes de alegria aquela noite, todos felizes, vários casais e outros ainda buscando seus pares para a grande dança real. Mas meu coração sentia-se apertado, Sol não cumpriu com sua promessa; ela se recusou a descer para a festa. Depois de muitos pedidos vindos de Charlotte Sol não aceitou e se manteve trancada no quarto todo o tempo. A decoração estava perfeita, o salão estava cheio, muitas cores, mas para mim tudo era como antes... antes de conhecer Sol, tudo era tedioso e sem vida, ela me abandonou e me sinto assim na noite mais importante de minha vida. - Algum problema alteza? perguntou Charlotte notando meu ar abatido e minha desolação. - Ela não veio... - Compreenda alteza... a coitadinha só está temerosa. - Mas por que? eu estou aqui! prometi cuidar dela, isso já não basta? - Por que desta vez não vai a alteza mesmo chamá-la? ainda há tempo! disse Charlotte cochichando em meu ouvido. - Não seria muita ousadia de minha parte bater no quarto de uma donzela? - Alteza... Não se deve envergonhar-se do amor! - Amor? perguntei assustado. - Não queira esconder desta velha raposa os seus sentimentos, lhe vi ser gerado no ventre de tua mãe, lhe vi nascer e tornar-te o que és, sei que estais perdido de paixão pela bela Sol, então vá a buscar, demonstre esse amor, estais prestes a ser rei e como todo rei, mereces ter sua rainha. Depois de ouvir tais palavras não tive dúvidas do que sentia, estava claro meus sentimentos por Sol, Charlotte notara isso, levantei-me de meu trono e saí cortado o salão, mas já estava prestes a alcançar o outro lado quando ouvi o duque Dominic 6° chamar-me pelo nome e fazer regressar de volta, não havia mais tempo, a cerimônia de coroação já estava para começar. Assim que voltei e sentei-me, o sacerdote do castelo ergueu a coroa preciosa sobre minha cabeça e proferiu as palavras que logo mais me tornariam o rei de Eprain. Por um momento enquanto permanecia de joelhos pude sentir a emoção de receber a honra como rei, a coroa de meu pai, que agora seria minha e junto com ela, a responsabilidade que recairia sobre minhas costas. Mas tudo valeria a pena, tudo em memória de meus pais, tudo pelo bem de meu povo, e de Eprain, que dias de paz possam surgir e que estejam sempre ao em lado papai e mamãe, pensei comigo ao receber a coroa e sentindo uma forte emoção.
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Ele era o ser mais belo e mais perfeito que já vira. Sol sentia-se feliz por ele, tão emocionada quanto, nunca imaginária que um dia estaria diante de um uma cena como aquela, em um lugar tão lindo como aquele, rodeada por pessoas graciosas e criaturas mágicas, ninguém notara sua inconveniente presença, ela estava escondida por trás de um dos gigantes pilares do palácio, nem mesmo Charlotte a vira, nem Lilive, nem Caspian. Sol se recusou a ir depois de sentir que ali não era seu lugar. Por mais que ela amasse tudo aquilo, no fundo ela sabia que não era seu mundo, todos estavam certos quando diziam que ela não passava de uma intrusa, uma mentirosa e impostora, como Sol desejava sumir dali e guardar tudo aquilo em suas lembranças, guardar o rosto de anjo de Caspian e nunca mais apagar da memória. Sol sentia-se triste, e depois de ouvir o duque anunciar em alto e bom som para todos ali presentes naquela festa, que de agora em diante Caspian era o novo rei de Eprain. Todos aplaudiram, Sol permaneceu escondida até que discretamente se retirou dali antes que alguém notasse sua presença.
