One Hundred Thirty-Six//LUA

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Caminho pela casa vazia, sem ouvir a voz de ninguém. Os meninos já tinham ido para casa, pelo menos este fim de semana e eu, bem, fiquei sozinha.
Era noite, quer dizer, estamos numa sexta feira à noite e eu não tenho fé para nada. Vou finalmente para o meu quarto e pego num papel, escrevendo qualquer coisa que começava assim: (ponham a música)

"Porque é que quando duas pessoas se amam elas nunca ficam juntas?"

Até eu própria fiquei a pensar, mas lá continuei:

"Talvez porque o universo simplesmente os separára ou porque não era destinado."

Suspiro.

" Não seria então porque Marte estava distanciado de Saturno que talvez, o amor acabasse. OK, os planetas não se amam, apenas estou a exemplificar."

Ri-me

"Eu amo muito o Nash, talvez porque ele viu em mim, algo que eu não via talvez. Ou porque o ajudei em muitos momentos.
O Nash é quase como uma pessoa, bem ele é e parece uma pessoa que me acompanha desde sempre. Que parece que me conhece como a palma da sua mão."

Aguento as lágrimas e contínuo.

"Houve uma vez, acho que foi numa das noites no Dubai, ele simplesmente subiu para cima da mesa- ele estava montes de feliz - e gritou “Eu amo a Lua Grace Edward Young!” e eu soube me rir e puxei- o para se sentar. Ele até foi comprar um ramo de rosas..."

Paro de escrever e ponho as mãos na minha cara chorando.

-PORQUÊ!- grito - PORQUE É QUE ISTO ESTÁ A ACONTECER! ELE NÃO PODERIA FICAR COMIGO! - atiro tudo o que tenho na secretária ao chão. - EU ODEIO ESTE...- sinto uma dor na minha barriga e calo-me. Merda

Pego no telemóvel e ligo para o Aaron, a pedir para ele vir rápido.

•°•°•

Já no hospital, eu aguardava pelos médicos para dizerem algo. Aaron andava para cá e para lá e não dizia nada.

- Desculpa...
- Não tens culpa Lua! Apenas estás revoltada porque tudo à tua volta está a desmoronar.
- Menina Young?
- Sim?- digo nervosa.
- Está tudo bem com o bebé, apenas tente não se enervar.- ele sorriu e respiro fundo.
- Obrigado.

Saímos e resolvemos e ver o Nash. Ânimo. Talvez ele acordou. Entramos no quarto e ele ainda estava igual.

-Nash...- sorri e sento-me ao seu lado.- Desculpa...- choro.- E-eu enervei-me e...- a minha respiração fica descontrolada. Merda. Vou ter um ataque.
- Lua, calma! Olha o bebé! Vê o que o médico te disse, não te podes enervar!- Aaron segura-me e corre para ir buscar água.- Bebe.- bebi a água e eu nunca tirei a mão da mão do Nash.
- Obrigada A. - sorri.- Sabes Nash, o Aaron tem sido um grande suporte para mim.- os seus batimentos cardíacos aumentam- Calma! Ele só está a ajudar-me amor!- eles foram ficando normais e sorri.- Já estás assim à 5 dias...- suspiro- Mas faz o melhor para ti amor. Pensa em ti. Eu vou ficar bem. Eu amo-te. Não te esqueças.

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