Capítulo 33

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As lagrimas rolavam pelo meu rosto, passei as pontas dos dedos em baixo dos óculos limpando as minhas lagrimas. Sentir as minhas tremerem e o meu coração palpitar, estava mais nervosa que o normal. Meu nariz escorria e eu fugava constantemente.

— Eu... sou... — o ar começava a faltar nos meus pulmões. — eu sou apaixonada por ele. — gritei.

— Aconteceu alguma coisa entre vocês? — ela perguntou.

— Nos beijamos algumas vezes. — confessei tudo de uma vez.

Não havia mais motivos para esconder tudo, na verdade, nunca tive bons motivos para esconder isso. Caissy andava pelo quarto, os seus saltos batiam contra o chão de madeira polida.

— Por que nunca me contou? — sua voz era indignação.

Eu sempre mantive esse segredo comigo, tinha medo de contar a alguém e Justin acabar descobrindo. Ele me humilharia ainda mais, mas depois que aconteceu os beijos, ele me pediu segredo e eu fui uma boba em mantê-los para mim só para não manchar a sua imagem de bad boy que da escola, alguém que nunca teria nada com a garota que sonha acordada.

— Eu não consigo dizer isso nem para mim mesma, imagina para qualquer outra pessoa. — gritei ainda mais alto.

— Eu não sou qualquer outra pessoa, eu sou a sua melhor amiga. — ela gritou.

— Caissy, você não entende. Não sou como você que sai se entregando fácil para todos, mesmo tendo você me sinto sozinha às vezes. Sinto-me sozinha na maior parte do tempo, existem coisas que eu devo guarda para mim mesma.

Coloquei as mãos no meu rosto, tomando cuidado para não derrubar os meus óculos, respirei fundo varias vezes e chorei ainda mais. Não conseguia parar de chorar, o meu estomago embrulhava e tinha algo pesando no meu peito. Ela tinha razão, Caissy é minha amiga há quatro anos, eu não devia trata-la como alguém a parte. A nossa discussão estava me afetando mais que o esperado, eu odeio a possibilidade da nossa discussão se tornar algo pior do que já estar, não quero perder Caissy.

— Bom saber o que você pensa, — ela bateu palmas. — eu sou uma vadia no seu conceito, como você mesma disse eu me entrego fácil a todos.

— Não foi isso que eu quis dizer. — funguei. — De tudo que eu falei, você só escutou isso? — perguntei indignada.

— E foi o suficiente.

— Eu quis dizer que você saber lidar melhor com pessoas, quis dizer que mesmo que tenham partido o seu coração vou consegue seguir em frente mais rápido que eu, quis dizer que você não se abala fácil. — gritei o mais alto que eu conseguia.

Caissy sempre conseguiu seguir em frente com mais facilidade, enquanto eu passava noites chorando sozinha no meu quarto. Poderiam tentar pisar nela hoje, e amanhã ela já mostrava o seu melhor sorriso mostrando que estava mais forte que nunca. Eu queria ser assim como ela, mas algo sempre me prende as pessoas erradas, no fundo eu sempre quero dá mais uma chance porque acredito demais nas pessoas. Acredito que todos merecem uma chance de fazer tudo certo e eu sempre quero ajuda-las.

— Você dá chances demais as pessoas. — ela passou as mãos pelos cabelos. — Ryan acabou comigo, estou completamente destruída, não quero conversar com ele e acabar me derretendo nos seus braços, quero que ele veja que posso ser mais cruel do que ele pensa.

— Ryan não fez nada. Por que você não consegue dá uma chance a ele? — solucei.

— Não quero mais ter essa conversa. — ela abriu a porta do quarto. — Espero sinceramente que você cresça um dia, ou será pisoteada pelas pessoas que você deu uma segunda chance. — a loira saiu fechando a porta em seguida.

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