As lagrimas desciam sem parar pelo meu rosto, meu nariz estava entupido e mal conseguia respirar. Apenas queria voltar o mais rápido para minha casa e chorar o máximo que conseguisse no meio dos meus travesseiros. Chorar até cair no sono e no outro dia acordar sem a memoria desse momento.
Senti o braço do Justin em volta do meu pescoço e logo ele me puxa contra o seu corpo. Sua mão remexia os meus cabelos na tentativa idiota de me acalmar, mas eu me sentia pior que antes. Parti o coração de Chaz e a minha consciência gritava as piores palavras, apenas para me torturar. Empurrei Justin para longe de mim, ele me olhou confuso e eu chorei ainda mais.
— Não era para você ter vindo, — esbravejei. — eu teria conseguido conversar com ele sem termos que chegar a esse ponto.
— Alice, eu estava tentando fazer o que acho certo.
— Agora você quer fazer algo certo? Depois de tudo que já aprontou, depois de ter ficado com Caissy, machucado Carly e ter me pisado todos esses anos. — gritei.
– Green eyes, você esta nervosa, vamos conversar. — disse Justin calmo.
— Eu não quero conversar, não quero nada que venha de você. — falei chorosa. — Olha o que fizemos com o seu melhor amigo, ele não merecia isso, Justin.
— Alice, ele também nunca te tratou como uma princesa. — ele disse irônico, passando impacientemente a mão o cabelo.
— Mas quebrar o coração dele não me faz ser superior. — sai andando, mas sinto Justin me puxar pelo braço. — Me solta.
— Vamos conversar, você esta mal e isso é normal.
— Eu já disse que não quero nada com você, não quero te ver nunca mais. — gritei o mais alto que conseguia.
Me soltei de Justin e corri o mais rápido que conseguia para o meu carro. Ele vinha atrás de mim, enquanto chamava o meu nome. Tirei a chave do bolso da minha calça jeans, me enfiei dentro do carro e fechei a porta. Justin começou a bater contra o vidro, minhas mãos tremiam no volante e os meus olhos tinham a visão embaçada. Olhei para Justin que também tinha os olhos vermelhos e gritava algo que eu não conseguia escutar, pois tinha ligado o som do carro no ultimo volume só para não ter que escutar os seus gritos. Tomei coragem e sai cantando pneu do estacionamento, assim que dobrei a esquina da escola diminui a velocidade para não ser multada ou acabar machucando alguém.
Ao chegar em casa, estacionei o carro em frente a porta da garagem e sai do veiculo travando o mesmo. Joguei a mochila nas minhas costas, subi os degraus brancos da varanda e respirei fundo varias vezes antes de entrar em casa. Não queria que os meus pais me vissem assim, então evitaria o máximo possível contato visual com eles. Assim que entrei a casa estava no total silencio, todos os aparelhos eletrônicos desligados e nenhum sinal de que alguém estava no local.
Subi para o meu quarto, assim que entrei no cômodo fechei a porta de chave e respirei aliviada por esta sozinha. Joguei a minha bolsa no pé da minha mesa de computador e fui até o banheiro, tirei a minha roupa e coloquei dentro do cesto de roupa suja. Durante o banho poucas lagrimas desciam pelo meu rosto, mas logo se misturavam com a água do chuveiro, ainda tinha dificuldade para respirar, porém isso já estava passando. Depois que vesti um short jeans branco e uma blusa de malha azul, desci até a cozinha, remexi os armários e encontrei os ingredientes suficientes para fazer algumas panquecas.
Tinha que fazer algo para me livrar desses pensamentos em relação à Justin e Chaz, eu devia ser a pior pessoa do mundo e os meus ideais me sufocavam por ter sido tão idiota. Foi um erro desde começo tentar esquecer Justin com esse namoro com Chaz, realmente, eu não devia ter feito isso, mas agora já era tarde demais. Depois que comi as minhas panquecas e lavei os pratos, me tranquei no quarto e fiquei tocando violão. As audições para o concursos de jovens talentos começam daqui a alguns dias, e eu tinha que praticar a musica que iria tocar.
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Stupid Love | ✓
FanfictionSem sombra de dúvidas, adolescência é marcada pela infame fase das descobertas. Onde tudo é novo e ao mesmo tempo não é, onde você procura sua liberdade ao mesmo tempo em que deve se ajustar. Alice é uma jovem de 17 anos que ainda se permite sonhar...