Capítulo 36

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Eu não quero brigar com Justin, sei que ele é problemático, bipolar e não me diz o que realmente quer, mas sempre me derreto quando olho para ele. Levantei-me da cama, andei lentamente de um lado para o outro, meus passos eram curtos enquanto respirava profundamente. Pensei em milhares de coisas que poderia dizer a Justin, mas estou cansada demais para brigar. O jeito desesperado e cauteloso que ele falava me levava a crer que Justin também não queria brigar.

— Eu quero acreditar em você, mas não consigo. — digo.

— Estou falando a verdade.

Justin se levantou e se aproximou de mim, mas eu recuei.

— Só acredito se você responder todas as minhas duvidas. — olhei fixamente nos seus olhos.

— Todas elas? — ele mordeu o canto dos lábios.

— Todas.

— Tudo bem, — suspirou. — eu respondo todas.

Os meus músculos do meu corpo relaxam imediatamente. Justin esta com a guarda baixa, e agora posso saber qualquer coisa sobre ele.

— O que foi fazer no trabalho do meu pai? Quero a verdade. E por que estavam brigando?

— Eu fui fazer a revisão no meu carro, seu pai estava brigando comigo, porque eu fiz algo e ele me pegou no flagra. — ele me lançou um olhar vergonhoso.

— O que foi que você fez? Não me enrola, odeio quando você faz isso. Por favor, eu não quero brigar com você.

— Eu andei vigiando você a noite, toda noite estaciono o carro no outro lado da rua e fico te olhando. Seu pai me pegou há algumas noites atrás. — ele virou de costas para mim.

A lembrança do carro de Justin parado do outro lado da rua veio a minha mente, dois dias depois ele desmentira qualquer duvida minha dizendo que era apenas uma coincidência. Esse era um motivo suficiente para papai denunciar Justin a policia, como sempre meu pai estava exagerando nas suas atitudes.

— Por isso, papai disse que ia chamar a policia?! — saiu mais uma afirmação do que uma pergunta,

— Você escutou isso? — perguntou Justin.

— Sim, mas quem responde as perguntas aqui é você. Por que estava me vigiando?

Justin estendeu a mão lentamente até o meu rosto, seus dedos deslizaram delicadamente pela minha face dobrando uma mecha do meu cabelo escuro atrás da minha orelha. Seu corpo foi se aproximando do meu até restar um espaço mínimo entre nós dois. Minha respiração acelerou aos poucos, já sentia o folego querendo fugir de mim apenas com um pequeno toque de Justin.

— Porque eu gosto de te olhar, green eyes. — sua voz rouca saiu calma. — Seu pai disse para eu manter distancia de você, mas não consigo. Não posso dormir quando tenho sonhos nada inocentes com você, para de me puxar para você, por favor.

Sentia-me no meio de um furacão que destruía cada pedacinho da minha razão. A mão de Justin desceu pelo meu braço agarrando o meu pulso, meus pelos se ouriçaram com o seu toque. Minha voz sumiu, não havia palavras certas para respondê-lo, ainda estou apaixonada por ele e não consigo me afastar.

— Não me diga isso e depois saia daqui correndo para os peitos de Carly. — havia um tom de fúria na minha voz.

Não queria ter citado os seios de Carly, mas eu tinha que afeta-lo de alguma maneira. Justin mostrou um sorriso fofo enquanto me observava.

— Eu contei o que aconteceu na festa depois do jogo a ela. Carly e eu estamos dando um tempo, e acredito que não iremos voltar então você não precisa ter ciúmes.

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