1. Mas ele não sabe andar devagar?

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Lúcia

Eu estava em casa, sentada confortavelmente no sofá, à espera que o meu caro primo Afonso resolvesse se despachar.

E depois são as raparigas de demoram a arranjar-se...

- Afonso despacha-te. – Gritei, já saturada de estar à espera

Veio-me à cabeça o dia das audições para as turmas direccionadas para artes performativas. Eu tinha conseguido entrar, felizmente. A escola D. Maria Carmo, a primeira escola do país a ter um curso ainda no básico ligado às artes.

As audições tinham sido na semana passada. O nervosismo tinha tomado conta de nós. Roíam as unhas, estalavam dedos, à minha volta tudo estava num turbilhão de nervos. Eu não era exceção, por amasse cantar e dançar, e prestar provas para 3 professores é bem diferente.

«- Muito bom dia meninos! Hoje serão as provas de admissão para as turmas de artes. Por ordem de ano e alfabética. Boa sorte a todos. – Anunciou a diretora e ao acabar de falar dirigiu-se para o seu gabinete, depois um a um foram entrando por ordem alfabética, primeiro, os do 9º, seguidos 8º e por fim o 7º ano, tal como ela disse.

E como eu disse só passado uma semana se soube os resultados. Iria haver 2 turmas de 7º ano, 2 de 8º e 3 de 9º ano.»

Eu estava completamente distraída, até que o meu querido primo Afonso teve o prazer enorme de me assustar.

- Lúcia! Estavas com tanta pressa e agora estás aí parada e pasmada! – Chamou-me, começando logo a dirigir-se para a porta, e nem esperou por mim!

- Calma, espera! – Gritei, feita louca – Estive a pensar como foram as audições... e de como vai ser agora que vamos ter aulas diferentes... - Desculpei-me, mas fui interrompida pelo o meu querido primo.

- Anda, contas-me pelo caminho! – Ao mesmo tempo que falava ele andava ao mesmo tempo, assim era difícil acompanhá-lo. Mas ele não sabe andar devagar?

- Ok, calma! – Tentei demovê-lo, para que andasse mais devagar, para que eu, uma rapariga com pernas pequenas, o conseguisse apanhar, mas não me valeu de nada. Foste ignorada com sucesso. Acabei por ter de dar uma corria para o conseguir apanhar.

***000***

Estava a chegar á escola, uma nova aventura iria começar, como é que estava toda a gente? Como estariam os meus amigos? Haveria gente nova na turma? Tinha de me comportar minimamente, este ano não podia haver confusões, só boas notas!

- Até logo Priminho, Bom dia de aulas! – Despedi-me dele.

- Para ti também Lu.

Despedimo-nos com um beijo na bochecha e, entrei para a escola o Afonso seguiu para a dele, que era mesmo ao lado da minha.

Eu ia bem na minha, quando sinto uma mãozinha a tocar-me, acompanhada de um barulho que me assustou por sinal!

- Booh!

- Ah! – Eu assustei-me não contava que viessem ter comigo.

- Sou eu sua tonta! – Ele disse com um ar matreiro.

- Gabi! - Gritei efusivamente. Abracei-o com muita força. Estava cheia de saudades dele, era um dos meus melhores amigos de sempre – Á tanto tempo, estava cheia de saudades tuas. – Eu além de o abraçar ainda o enchi de beijos, na cara. Olhei para trás e vi a Bia. Mas porque é que ela não veio ter comigo? – Bia! – Exclamei, enquanto nos abraçamos, ela era uma das minhas melhores amigas. - Estava cheia de saudades tuas!

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