64. É altura de fazer justiça.

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Olá a todos! Queria desde já agradecer as 57k leituras e os 4,1k votos do fundo do coração, nunca pensei algum dia ter estes valores, e devo-o a vocês que acompanham esta história à mais de 1 ano. Mais uma vez muito obrigada :)

Queria pedir-vos que me seguissem no Tumblr (link externo), para poderem acompanhar as histórias conhecer as personagens e saberem o que vai acontecer nos próximos capítulos. Por isso sigam-me por lá, eu sigo todos de volta. 

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Espero que gostem! Boa leitura!

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Pdv. Lúcia

Os três primeiros dias de férias passaram a correr. O meu pensamento estava na audiência no tribunal. Só de pensar em voltar a relembrar tudo o meu estômago contraia-se. As conversas com a psicóloga estavam a ajudar a ultrapassar o meu medo do escuro, felizmente ela era muito simpática e abordava as coisas com calma, e sem me pressionar e assim tudo se tornava mais simples. O advogado também estava a ser muito simpático, tive de mais uma vez relembrar toda a história, para que ele me pudesse ajudar. Felizmente tinha o Guilherme para testemunhar a meu favor, e principalmente para me apoiar.

Não o vi nos últimos dias, praticamente estava numa pilha de nervos, e ele também, e falávamos apenas por telemóvel, praticamente todo o dia, entre SMS e chamadas, estávamos sempre em contacto.

Finalmente encontrei alguém de quem gosto de verdade. – Pensei enquanto secava o cabelo.

O Guilherme era fantástico comigo. Estava sempre lá nos momentos em que eu precisava de alguém. Claro que não me esqueço dos meus amigos, a Inês, o Gabriel, que jurou que se visse o Jaime à frente o mataria à pancada. Todos me estavam a apoiar.

- Lúcia despacha-te! – Gritou a minha mãe, quando desliguei o secador. Tinha que escolher a minha roupa, pelo que a minha progenitora me tinha falado, tinha que ir apresentável, e nada de roupas curtas ou rasgadas, era como se fosse para um casamento, tinha que ir super arranjada.

Fui até ao armário e procurei alguma coisa que entrasse nos padrões definidos pela minha mãe. Optei por umas calças de ganga pretas, e por uma camisa acompanhada de um Blazer, que eu amava, podia ser que me desse sorte. Depois para calçar, tive mais um problema, não podia ir de sapatilhas, e quase tudo o que tinha se resumia a isso. Passado algum tempo a basculhar na minha sapateira, e a retirar tudo do sítio encontrei umas sabrinas que já não usava há algum tempo, mas para o que era dava perfeitamente.

Arranjei-me, deixando o cabelo cair pelos ombros, e peguei nas minhas coisas e desci até ao piso de baixo onde já todos me esperavam.

- Preparada? – Perguntou o meu irmão Rúben.

- Acho que sim... - Respondi nervosa. Não sabia o que esperar daquela audiência, e essa incerteza matava-me por dentro.

- Então vamos lá! – Informou a minha mãe dirigindo-se para a porta.

O meu estômago doía-me dos nervos. Todo aquele ambiente era medronho. O burburinho existente deixa-me desconfortável, quando eu passava no corredor, agarrada ao meu irmão, parecia que todos me olhavam como se eu fosse a criminosa e não a vítima. Ao longe, encostado a uma parede vi o Guilherme, acompanhado pelos pais, fitava o relógio como se fosse a coisa mais interessante que tinha à sua volta.

- Bom dia. – Saudou a minha mãe ao chegar perto deles. O Guilherme levantou o olhar do relógio e veio até mim abraçando-me.

- Sinto-me observada. – Murmurei ao seu ouvido, e ele apertou-me mais contra ele.

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