52. Mal posso esperar por vê-la.

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Olá!

Como prometido aqui vai o capitulo, quero desde já pedir desculpas pelo atraso, mas não consegui mesmo acabar. Espero que gostem! Boa leitura!!!

PDV. Guilherme

Acordei a gemer com as dores que tinha no braço esquerdo. Abri os olhos lentamente e vi a minha querida mamã sentada numa cadeira ao meu lado. Os seus olhos estavam postos em mim, e o seu sorriso abriu ao ver-me acordado.

- Como é que conseguiste dormir tanto tempo? – Perguntou. Mas quando tempo é que eu estive a descansar os olhos?

A última coisa de que me recordava, era estar a desmaiar juntamente com o Jaime, depois deste ter levado um tiro de um dos polícias que estavam presentes. Eu estava demasiado fraco para me conseguir manter em pé, e era o Jaime que me estava a segurar em peso, por isso é que caí juntamente com ele no chão e apaguei.

- Mas que horas são? – Perguntei, procurando por um relógio no quarto, mas não havia nenhum.

- 14 horas e 32 minutos. – Respondeu a minha mãe, olhando para o telemóvel. – Será que me podes explicar como é que foste parar aquele lugar? – Perguntou, encostando-se no sofá à espera da minha explicação.

- Para salvar uma amiga. – Respondi, sem me alongar.

- Para que serve a policia? – Perguntou séria.

- Para prender os criminosos e salvar pessoas. – Respondi baixando o olhar. – Eu não podia deixá-la. – Falei, e a minha mãe apenas deu um riso abafado. – Tu não percebes.

- Tu não és o Batman, nem o Homem-de-Ferro ou o Capitão América, és uma pessoa normal. Dentro do possível, por isso não percebo mesmo. – Rematou.

A minha mãe estava visivelmente irritada. Mas naquele momento não lhe valia de nada resmungar comigo, por que voltasse atrás apenas fazia uma coisa diferente: divulgava a morada para o Gabriel e para o António, de resto faria tudo igual.

- Se soubesses que o pai tinha sido raptado, ou até eu, o que fazias? E não me venhas com atitudes responsáveis, porque, mãe, eu conheço-te. – Falei, tentando que ela se colocasse no meu lugar.

A melhor maneira de fazer alguém perceber o sentimos é expô-la à mesma situação, e se ela for honesta consigo mesma, vai-nos perceber.

- Tentava encontrar-vos nem que fosse no fim do mundo, não sou de desistir de nada. – Respondeu, desviando o seu olhar de mim. – Mas a miúda não é tua namorada, tua mulher, nem tua filha. – Retorquiu, voltando novamente a concentrar-se em mim.

- Pois não.

- Essa não é a miúda em que estavas interessado, pois não? – Perguntou, aproximando-se da minha cama.

 Encolhi os ombros, e não lhe respondi. Sabia quem vinha sermão, e apesar do momento, mas a minha mãe percebeu a resposta, apenas com o meu silêncio.

- Claro que é. Meu Deus Guilherme! Achas que ela merecia? – Perguntou, visivelmente incomodada com a minha acção.

- Por enquanto sim. – Respondi.

Ela ia para falar mais alguma coisa, mas a porta abriu-se e ela calou-se. O meu pai entrou no quarto com uma cara de poucos amigos. Lá vem chatice!

Olhou para a minha mãe, enquanto colocava a sua mão no ombro dela, que retribuiu o olhar. E eu estava ali a assistir à cena sem perceber nada.

- Estive a falar com a senhora Luísa, é muito simpática. – Comentou o meu pai.

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