9. O que era de mim, sem ti...

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PDV. Lúcia

Acordei, deviam ser umas 7:30 da manhã, lentamente me dirigi até a casa de banho para fazer a minha higiene pessoal. Voltei ao meu quarto para escolher a roupa para vestir, e depois de muito deslocar as cruzetas de um lado para o outro, lá escolhi a roupa que eu achava ideal para combinar com o meu estado espírito atual. Desci até ao piso de baixo, onde já se encontrava o meu irmão e o meu primo, a tomar o pequeno-almoço.

- Bom dia. – Disse eu, sentando-me na cadeira.

- Bom dia. Está tudo bem? – Disse o meu irmão.

- Sim está, porque não haveria de estar? – tentei mostrar-me o mais natural possível, enquanto tirava a minha torrada do prato.

- Nada, é que ontem não jantaste connosco, e quando fui ao teu quarto, para ver se estavas bem, já dormias. E achei estranho, era tão cedo. – Disse ele, enquanto mexia o seu café.

- Pois, eu estava muito cansada. – Disse eu, tentando que ele ficasse convencido.

- Está bem. Se tu o dizes, quem sou eu para dizer o contrario. – Eu sorri fraco.

Acabei de comer a minha torrada e levantei-me para ir buscar a mala ao quarto.

- Já comeste? – Disse o meu primo admirado – É que eu ainda vou demorar…

- Despacha-te. Tenho muita coisa para fazer. – Disse dirigindo-me para as escadas.

Cheguei ao quarto, procurei a mala que havia jogado para um canto na tarde anterior, e certifiquei-me que tinha tudo o que precisava. Peguei na mala, coloquei-a nas costas e preparei-me para sair do quarto. Mas quando estava a pegar no puxador da porta para fecha-la, pensei como iria encarar toda a gente hoje, ou melhor como é que eu iria olhar para o Guilherme, e para o Gabriel visto que ao último iria estar a esconder coisas. Puxei a porta com força, para ver se todas as minhas dúvidas acabavam, mas parecia que não, tudo na minha cabeça continuava uma confusão.

Desci até ao piso de baixo, e deparei-me um o meu primo encostado ao sofá, a olhar para o relógio, quando eu faço de sinal de “Estou aqui”, ele olhou para mim e disse:

- Estavas cá com uma pressa. Quase me engasguei de comer tão depressa. Demoras-te anos lá em cima. – Disse ele enquanto se dirigia para a porta.

- Tu também tens a mania de dramatizar. Não demorei quase tempo nenhum. – Disse eu revirando os olhos.

- Agora a culpa é minha. – falou ele virando-se para mim, abanando a cabeça em tom de reprovação.

- Vais sair da frente, ou pôr-te a andar, eu estou com pressa. – Disse enquanto o empurrava para a frente.

- Já estou a ir. – falou enquanto se dirigia para a porta.

E seguimos caminho para a escola. Durante o caminho não falamos, o que era estranho, nós não nos calávamos quando estávamos juntos, nem que fosse para resmungar um com o outro. Em 5 minutos chegamos á escola, ele chegou-se ao pé de mim, deu-me um beijo na testa e disse:

- Vê lá se tiras essa cara de má. – Disse virando-se para ir embora. – E porta-te bem. – Eu sorri para ele, e entrei na escola.

Ia ter aulas no bloco mais longe da portaria, por isso resolvi ir diretamente para a sala, para ver se tinha ainda uns minutinhos de descanso antes que todos chegassem. Pelo caminho encontrei o Gabriel, justo logo o Gabriel, a pessoa que eu não queria encontrar tão depressa.

- Bom dia Princesa. – Disse ele chegando-se ao pé de mim, para me dar um beijo na cara.

- Bom dia Príncipe. – Disse eu, retribuindo o beijo. Mas nesse momento lembrei-me do Guilherme no dia anterior.

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