31. Que efeitos colaterais?

673 49 12
                                    

Olá a todos, Queria antes de tudo volta a apelar a que passassem pela minha nova história, Mine, o Link voltará a estar em link externo

Boa leitura. Votem e comentem. :)

PDV. Guilherme

- Pronto Guilherme? – Perguntou-me o professor. Eu apenas assenti. – Então quando quiseres. – Falou sentando-se ao piano.

Eu lentamente posicionei-me no centro daquele espaço, que viria a ser o meu palco, onde teria de impressionar os presentes, algo muito dificil. Agarrei o microfone que estava em cima de um banco de madeira, onde eu me poderia sentar.

Lado positivo, se te sentires mal sentas-te. Atirou o meu subconsciente, como sempre nos melhores momentos.

Passei a língua pelos lábios, enquanto olhava para as folhas mais uma vez. As minhas mãos tremiam como varas verdes. Estava com medo. Medo de desafinar, medo que se rissem de mim, medo de tudo… Mesmo assim, fiz sinal ao professor. Logo ouvi o som vindo do piano, e preparei-me. Apetecia-me fugir, mas em vez disso comecei a cantar.

You give me chances and i let you down
You waited for words that i couldn't get out
I have no excuses for the way that i am
I was clueless then, i couldn't understand

O meu olhar cruzava-se permanentemente com o da Lúcia, algo que não conseguia evitar, era a única parte da música em que me identificava. De um certo modo eu não lhe tinha dito o que ela esperava ouvir, naquele momento do beijo, em muitos mais em que ela tocava no assunto.

That all that you wanted
And all that you needed
Was a side of me i never let you see

            Eu tentava constantemente desviar-me dela, mas não conseguia, se não olhava para ela, pensava nela. O olhar surpreso e ao mesmo tempo triste, que me transmitia, matava-me por dentro.

And i wish i could love you
And make you believe it
Because that all you ever wanted
It's all you ever wanted,
From me, from me

Por muito que me tenha custado, e só eu realmente sei, cantei o resto da música a desviar o olhar do dela. Disfarcei olhando para todos, mas para ninguém ao mesmo tempo, a única pessoa que estava no meu pensamento naquele momento era ela, e apenas ela. Por mais que os meus olhos não tivessem diretamente em contacto com os dela, o meu cérebro estava.

                                                           XXX

Deu o toque de saída, e dirigimo-nos para o exterior da sala. Os meus colegas felicitaram-me pela minha modesta atuação. Para mim não tinha sido grande coisa, bastante enfadonha por sinal, mas aparentemente o público tinha gostado.

- Vais para casa? – Perguntou-me o António, enquanto nos dirigíamos para a saída.

- Não, vou ter um churrasco em casa do mister. – Falei sem entusiasmo. Eu queria apenas ir para casa, dormir um bom sono, repor as energias, não ir para um local onde ia ter que levar com a cara do Gabriel a noite toda.

- Então vais ter uma noite animada. – Troçou, ao ver que eu não estava minimamente interessado em ir.

- Só vou por respeito ao mister, que pediu que eu fosse pessoalmente. É o festejo da minha entrada na equipa e mais umas coisas quaisquer. – Falei ao pensar numa maneira de sair mais cedo.

Sempre podia alegar que não me estava a sentir bem e que tinha de ir para casa, ou que a minha mãe estava doente e que me sentia mal, ao estar a divertir-me na situação em que ela estava. Mas o mais provável de acontecer era que mais tarde viesse a descair-me e lá se ia o respeito que ainda não nutriam por mim.

Love Will Tell Us Where to Go || ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora