60. Tudo está de pernas para o ar...

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Olá! Antes de tudo, mil desculpas pelo tempo que estive sem atualizar, mas o meu tempo parece que nao dá para tudo o que tenho que fazer, e a escola ocupa-me muito tempo, mais uma vez desculpem. No entanto estamos de férias e eu vou tentar atulizar mais vezes,

Boa leitura

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PDV. Lúcia

Atirei a mala para um canto, e sentei-me em frente ao computador para acabar o trabalho de francês. A professora tinha pedido que entregasse-mos um trabalho sobre as invenções de origem francesa. Felizmente apenas me faltava dar uns últimos retoques no aspeto físico do trabalho, corrigir algumas gralhas e verificar se não tinha erros, pois o francês não é de modo algum o meu forte.

Fui interrompida pelo toque de chamada do telemóvel. Retirei-o do bolso, vendo quem é que me ligava, e atendi a chamada.

- Sim?

- Lúcia, eu preciso de pedir-te uma coisa. – Falou o António do outro lado da linha.

- Pede.

- Não deixes o Guilherme falar com a Sara. – Pediu.

- Porquê?

- Ele vai-lhe contar tudo e eu não quero. – Afirmou.

- Eu não tenho nada a ver com o que ele faz. – Falei, descartando as minhas responsabilidades.

- Ele ouve-te, e se lhe pedires ele fica calado. – Contestou.

O António estava a adiar algo que já devia ter sido revelado há muito tempo. Ao arrastar esta história, ele arrastava também o sofrimento e a dor que toda a situação lhe causava. Estúpido, simplesmente estúpido.

- Porquê?

- Porquê, o quê? – Questionou.

- Porque é que arrastas este sofrimento? – Percebi que tentou falar, mas interrompi-o antes de ele conseguir proferir uma palavra. – Não era mais fácil abrir o jogo?

- Não era mais fácil esquecer o assunto? Todos ficávamos felizes.

- A sério? És feliz? – Perguntei indignada. Estava a ficar farta da conversa, de todo o drama envolvente. O António estava a mentalizar-se de algo que sabia que era mentira.

- Sim, sou feliz.

- Então porque é que este assunto te incomoda tanto? 

- Porque não gosto de remexer no passado.

- Então fala com o Guilherme, porque eu desisti. – Declarei.

- Desististe de quê?

- De te tentar perceber. Adeus. – Despedi, desligando o telefone.

Voltei a concentrar-me no trabalho, contudo estava um pouco difícil. Como é que era possível existir alguém que preferia viver infeliz? Como é que alguém consegue desistir da felicidade?

Tudo está de pernas para o ar…

                                                                  ~000~

                Não falei, mais do que o necessário, para o António nos dias seguintes. Não concordava com o que ele estava a fazer, e quanto mais me envolvia mais me enervava, e sinceramente estava farta de todo o drama dele.

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