15. "Mas este rapaz não para de me surpreender?"

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Antes de tudo queria agradecer as mais de 5,000 leituras! (Estou tão feliz!!!) e o mais de 600 votos, do fundo do coração queria agradecer a todos os que leêm a história.

Boa Leitura!

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PDV. Lúcia

            Quando decidi ir falar com a Andreia, já sabia ao que ia. Não ia ser fácil fazê-la perceber que não estava ali para gozar, criticar ou o que quer que fosse com ela, que apenas queria ajudá-la.

            Quando me levantei e me tentei mentalizar do que ia fazer, apeteceu-me sentar-me novamente. Nunca o cheguei a dizer ao Guilherme, mas eu tinha uma pontinha de inveja dela, não por ela namorar com o Jaime mas pelo facto de eles parecerem felizes, e ele como a tratava, e da diferença como me tratou a mim naquele momento. Sei que não sei as condições do namoro, ou do que quer que fosse que eles tinham, mas parecia aos olhos de todos algo tão normal.

            Ao encaminhar-me para o local onde ela estava, pensei em voltar para trás, em meter-me na minha vidinha, e parar de me armar em samaritana. Mas não consegui, algo em mim não me deixava ficar longe das confusões.

            Cheguei ao banco onde ela estava aninhada e sentei-me. Não falei, não me mexi. Apenas olhei para o Guilherme que estava uns metros á minha frente e reparei que ele estava a olhar para mim, respirei fundo e abri a boca.

             - Está tudo bem? – Perguntei, desviando o meu olhar para ela. Vi-a levantar a cabeça e a ficar espantada por me ver ali sentada ao seu lado.

            - O que é que isso te interessa? – Questionou-me rudemente. Olhei para ela confusa, não percebia o porquê de me estar a tratar com aquela frieza. Não éramos as melhores amigas, mas um bocadinho de simpatia não lhe ficava nada mal.

            - Nada. – Fiz uma pausa. – Tens razão, nada. – Reforcei a minha posição. – Só estava a ser simpática, mais nada. – Conclui.

            - Não me lembro de te pedir nada. – Respondeu seco. Voltei a olha-la mas desta vez friamente.

            - As pessoas querem ser simpáticas e é assim que tu as tratas? És pobre e mal agradecida. – Falei, com um tom um quanto ou tanto rancoroso.

            - Tu não estás a ser simpática, apenas queres passar de boazinha. – Falou. Notei que os olhos dela mostravam a frieza que ela tinha na voz.

            - Eu apenas soube do que aconteceu com o teu namorado, e quis ver como estavas. – Eu falava apressadamente. – Imagino como... – Fiz uma pausa e reformulei a frase. – … Eu sei como é que te sentes... – Ela desviou os olhos, mas continuei. – E vim mostrar solidariedade. – Acabei por concluir.

            - Não sejas cínica. Tu estás radiante de tudo entre nós ter corrido mal. – Ao ouvir o que ela dizia, fiquei perplexa. Ela não sabia de nada, como poderia dizer isso.

            - Achas mesmo? – Ela revirou os olhos. – Se eu o quisesse, tinha-o tido. Mas não, mandei-o dar uma volta.

            - Podes enganar todos, mas a mim não. – Fiquei a olhar para ela com cara de “Desculpa?” – Eu bem sei das mensagens que tu lhe mandavas todos os dias. – “O QUÊ? Esta gaja deve estar louca”, foi a única coisa que me passou pela cabeça.

            - Acreditas mesmo no que me estás a dizer? – Questionei-a. Não esperava ouvir a dizer que “não”, mas gostava.

            - Acredito. – Afirmou convictamente.

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