Boa leitura!
JADE
Assim que meus olhos se abriram, percebi que Fred já não estava. Seu travesseiro estava vazio. Minha cama estava vazia. Eu estava vazia. Isso me fazia sofrer. Porém, não era o momento para lamentações. Se ele fazia isso é porque eu permitia, só não sei até quando.
Corro direto para o chuveiro. O dia seria cheio, pois tinha cancelado as consultas das pacientes por causa da viagem. Passaria o dia no meu consultório para poder atualizar a minha agenda. Não iria dá tempo sentar para tomar o café da manhã.
— Droga! Dormi demais! — digo, Pegando uma bolacha integral no armário e correndo para o elevador.
O celular começa a tocar dentro da bolsa.
Aaah, não! Agora não! No carro eu retorno a ligação.
Minha primeira consulta estava marcada para às 8:00h, e já era quase isso. Entro no consultório como um vapor!
— Bom dia, meninas! — Minhas recepcionistas eram ótimas.
— Bom dia, doutora Jade!
— Vou me arrumar e já interfono para mandar entrar a primeira paciente — aviso, abrindo a porta do consultório.
Passei o dia todo atendendo. Graças a Deus consegui atualizar toda a minha agenda. Semana que vem, com certeza, os dias seriam mais tranquilos.
Tinha parado de realizar partos. Decidi acompanhar as gestantes apenas durante a gestação e, ao final, encaminhá-las para doutora Rose, minha melhor amiga, e para Goretti, uma colega de profissão.
Rose tinha se formado junto comigo. Era uma excelente médica obstétrica. Não era a toa que sua agenda só vivia lotada de consultas, partos e plantões.
Saio do consultório na intenção de ir na casa dela. Precisava vê-la! Pego o celular para avisar que estava chegando, quando ele começa a tocar.
Era ela...
— Oi amiga! Já estava com o celular na mão para te ligar. Você está em casa?
— Estou sim! Liguei para perguntar se ainda está viva e saber se tem interesse de vir jantar comigo.
Percebo um pingo de chateação no ar! Acho que a nossa conversa do dia anterior, deixou-a magoada.
— Estou vivinha e louca para te ver. Me aguarde que estou chegando!
Assim que encosto na sua casa, o portão automático se abre e eu entro com o carro. A casa de Rose fica num bairro nobre de Recife, onde só tem casarões. E a dela é uma delas. A estrutura é de dá inveja. Não sei como ela consegue viver sozinha nessa casa.
Assim como eu, ela se formou na Universidade de Pernambuco, prestou concurso público e acabou estabelecendo a sua vida aqui. Nos conhecemos na faculdade. E, desde então, mantemos um elo de amizade muito forte. Sua família é toda de Fortaleza, exceto o seu noivo.
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Deixa-me te amar!(Finalizada)
Romance#18 em romance - 15/09/17 #25 em romance - 06/01/18 Jade Spencer é uma jovem médica de 32 anos que batalhou muito para chegar onde chegou. Vindo de uma família humilde, seus pais a educaram de forma rudimentar. De uma personalidade branda e passiva...