48- Te quero sempre... e pra sempre.

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Boa leitura!

Um mês depois...

Um mês depois

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JADE

Deixei o hospital há três dias. Fiquei todo esse tempo, porque além das dores de cabeça frequentes que sentia, ainda estava sangrando muito, por isso foi necessário fazer o tratamento contra o descolamento no hospital. 

Júnior não deixou-me sozinha em nenhum desses dias. Fazia questão de dormir comigo todas as noites, mesmo sendo tão desconfortável para ele. Sabemos que os sofás disponíveis nos hospitais para os acompanhantes dormirem, não são lá aconchegantes. — Quem já dormiu sabe o que estou falando — Mas, mesmo com todo esse desconforto, não deixou de passar as noites ao meu lado. Ele está mais amoroso, atencioso e protetor, não posso mentir que adoro me sentir amada por ele.

Os meus pais voltaram para Garanhuns há dois dias. Eles ficaram no meu apartamento, durante o período que permaneci no hospital, e devolveram a Rose a liberdade de estar em sua casa sozinha com o Marcos, libertando ela dos olhares de lobo do meu irmão Eduardo, que ainda almeja tragá-la. Espero que um dia ele a esqueça e encontre alguém que o ame. Meu irmão César se divide entre Suape, Garanhuns e agora Maceió, pois sua mais nova namorada é natural de lá. Minha mãe acha que agora ele casa, porque está completamente apaixonado por ela.

Recebi visitas do doutor Álvaro — Júnior quase infarta de ciúmes — quando ainda estava no hospital. Na última vez em que me visitou, veio na companhia da minha prima Cristine, aquela que chegou na casa dos meus pais com o jornal na mão, falando do meu passeio em Garanhuns com o doutor Álvaro. Acho que ela se interessou por ele e, por vista, conseguiu fisgá-lo, pois ele parecia muito feliz ao lado dela. Não sei como ela conseguiu esse feito — ela é realmente danadinha — , só desejo que ele não confunda as coisas e que entenda que ela não sou eu, pois eu e Cristine somos as únicas primas que nos parecemos muito fisicamente. Não quero vê-la sofrer, pois é uma pessoa adorável.

Fred, depois de operado, teve algumas complicações em seu quadro clínico. Chegamos a pensar que iríamos perdê-lo. Vi Clarice e Sr.Carlos se desesperarem várias vezes, com as notícias desesperançosas dos médicos. Se milagre acontece, a vida do Fred é um. Ele, de uma hora para outra, reagiu surpreendentemente. Fiquei sabendo que Clarice sussurrava em seu ouvido que ele tinha que viver, porque o filho precisava dele.

Isabela está presa no presídio aqui de Pernambuco. Ela passou por exames psicológicos, o advogado dela e o delegado estão esperando o resultado e caso seja comprovado algum transtorno psicológico, será transferida para o HCTP (Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico) na cidade de Itamaracá.

Meus pais a visitaram algumas vezes, mesmo ela não querendo a visita deles. O advogado a convenceu de recebê-los, porque seria bom para ela e o seu processo na justiça, pois o juiz saberia que tem uma família estruturada para criar seu filho, quando ele nascesse e, assim, não precisaria encaminhá-lo para adoção. Segundo meus pais, a Isabela permanece fria e sem demonstrar sentimento algum. Mas, minha mãe diz firmemente que não vai desistir dela e que em breve, com amor e paciência, conseguirá conquistá-la.

Deixa-me te amar!(Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora