35- A verdade.

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Boa leitura!

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Jade


Assim que entro na casa, procuro por Clarice. Vejo algumas pessoas da família chorando baixinho e Sr.Carlos ao lado de Dona Nilza. Fred não se encontra na sala, talvez tenha se recolhido para o seu quarto, depois da sua atitude machista e vergonhosa. Me aproximo de Sr.Carlos e coloco a mão em seu ombro. Ele olha para mim, seus olhos são de profunda dor e tristeza, e coloca a sua mão em cima da minha.

Na mesma hora acaricio as mãos de Dona Nilza, despedindo-me dela.

— Ela sempre foi como uma mãe para mim — falo, sem conter as lágrimas nos olhos — Sr.Carlos assente discretamente com a cabeça, e abraça-me.

— Ela te amava muito minha querida. — diz, passando as mãos em minhas costas.

— Eu sei... eu também a amava. — digo, ainda abraçada a ele. — Infelizmente Precisarei ir, mas antes quero falar com a Clarice. Sabe aonde ela está? — pergunto, olhando ao redor da sala.

— Ela e o marido foram em direção a cozinha. Devem estar no quarto de hóspede que fica no último cômodo da casa.

Dou o último abraço nele e vou direto para o quarto, pois conhecia todos os cômodos da casa. Ela foi frequentada por mim, durante cinco anos.

Bato à porta.

— Um momento. — escuto Clarice falar. Ela abre e assim que me ver abraça-me forte. — Pensei que tivesse ido embora. — diz, com voz embargada.

Seu marido sai de dentro do quarto e fica ao seu lado. Sorri para mim, fala alguma coisa em francês para ela e sai, nos deixando sozinhas.

— Vem... entra! — segura em minha mão e puxa-me para dentro do quarto. — Meu marido me trouxe para cá, para tentar me acalmar um pouco. — fala, assim que senta na cama.

— Ele parece ser um bom marido para você Clarice. — falo, sentando ao seu lado.

— Sim ele é... Não sei o que seria da minha vida sem ele.

— Vou embora mais tranquila, sabendo que tem alguém cuidando de você. — seguro em suas mãos.

— Obrigada Jade! Sempre tão preocupada comigo. — fala, segurando as minhas mãos com força.

— Não precisa me agradecer, você sabe que a tenho como uma irmã.

— Já disse isso a Rose? — pergunta, com um pequeno sorriso no rosto.

Como é bom vê-la sorrindo.  

A Rose demorou a aceitar a amizade da Clarice. Achava que ela era igual ao Fred, e também sentia ciúme da minha cumplicidade com ela. Não custou muito e as duas tornaram-se muito amigas. Com a convivência, Rose pode perceber que ela não tinha nada do seu irmão e passamos a ter uma profunda amizade. Fazíamos tudo juntas, até a Clarice casar e ir morar na França. Até hoje, brincamos com a Rose sobre isso. 

Deixa-me te amar!(Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora