52- Apenas sua...

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Boa leitura!

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JÚNIOR

— Eita filho... você é mesmo arteiro. Só foi ir para Recife que nos arrumou dois netos. — sentado à mesa, servindo-se do almoço, meu pai fala, claramente feliz.

Dou um sorriso sem graça, enquanto meus olhos direcionam-se para Jade, que está sentada ao meu lado. Ela sorri discretamente, dá um gole no suco e depois baixa a cabeça, visivelmente sem jeito. Sem que ninguém perceba, acaricio a sua mão amorosamente. Tento, com esse gesto, dizer-lhe que tudo terminará bem.

— E eles nascerão quase na mesma época. Não vemos a hora de vê-los correndo por essa casa, não é Miguel? — minha mãe olha para o meu pai e abre um sorrindo imenso, enquanto fala — Iremos querer eles sempre aqui conosco. — ela, sem saber de nada do que aconteceu nesses últimos dias, diz naturalmente. 

Meus pais estão sentados a nossa frente. O brilho nos seus olhos e o formoso sorriso que não os deixam, expressam nitidamente a felicidade que estão sentindo, em acharem que serão avós de dois netos. Rose e Marcos, que estão sentados ao lado deles, permanecem calados saboreando o almoço. 

Ver minha menina doce totalmente constrangida e com o olhar tenso... incomoda-me. Tento mudar de assunto.

— Mãe... é...

— Nem venha dizer-me que moramos longe, que não vai ter tempo de deixá-los aqui, que eu e seu pai não saberemos cuid...

— Mãe... — chamo-a mais firme, para que pare de falar e olhe para mim, mas sua ansiedade e euforia a impedem disso. Ela continua, com o tom mais alto na voz:

— Filho... não se preocupe, iremos cuidar muito bem del...

— Mãe! É dele... e Não deles! A senhora irá cuidar muito bem DE-LE ou DE-LA. — nervoso e com a voz firme, dou ênfase as últimas palavras.

Todos param de comer e olham assustados para mim.

— Dele ou dela? Não estou entendendo mais nada... dá pra explicar isso, Júnior? — minha mãe indaga, olhando séria para mim.

— Mas... as duas não estão grávidas, filho? — meu pai questiona, com olhar pávido.

— Sim! Estão! — Rose, depois de milagrosos minutos calada, reafirma.

— Pai... mãe. — chamo-os com a voz mais branda — Juro que não queria falar sobre isso com vocês agora, mas não me deram outra saída. Não perceberam que a conversa de vocês estava deixando a Jade constrangida, sem jeito?

Eles franzem o cenho e olham para Jade com o olhar curioso, talvez tentando entender o que de fato tinham falado para ter deixado ela assim — inibida.

— Estamos mais perdidos do que cego em tiroteio, não é Miguel? — minha mãe confessa, olhando para o meu pai —  Queremos a explicação de toda essa confusão, porque não foi nossa intenção fazer isso com ela. — ela sorri, gentilmente, para Jade.

Deixa-me te amar!(Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora