Deixa-me te amar!(Finalizada)

8-Eu apaixonada?

Boa leitura!

JADE

— Agora explique-me o motivo do seu silêncio, por que não me contou nada? Pensei que éramos amigas. — Rose questiona-me, ajeitando o guardanapo de tecido na perna.

— Somos mais que amigas Rose, somos irmãs. — dou um gole no suco de laranja — Não contei porque achei que fosse algo insignificante, de momento, passageiro. — mexo a comida sem colocá-la na boca.

— E agora percebeu que não foi nada de insignificante, momentâneo e passageiro? — pergunta, provando a comida.

— Exatamente! — colocando um pedaço de alface na boca — Vou te contar onde tudo começou...Lembra no dia em que me mostrou a foto dele? Naquela noite em que jantamos juntas na sua casa, depois que cheguei de viagem? — assente com a cabeça — Pronto...tudo começou ali, senti algo diferente quando olhei para os olhos dele naquela foto.

Daquele dia em diante, tudo mudou na minha vida. Esse sentimento só fez aumentar a cada dia, a cada vez que o via, tentei inúmeras vezes fugir, me esquivar. Mas foi em vão, porque ele também estava sentindo a mesma coisa. Foi quando nos entregamos a esse sentimento na sua casa. O desejo que ardia em nossos corpos e coração, nos fez esquecer que somos noivos, parecia que o tempo tinha parado para sermos um minuto felizes.

— Aiaiai...chega me deu um calor. — se abana com o guardanapo — E você ainda conseguiu resistir? Sinceramente amiga, você precisa ser estudada. — gargalha.

— Eu falando sério e você vem com graça. Acho que está na profissão errada amiga, deveria trabalhar no circo. — sorrimos, enquanto algumas pessoas nos observam no restaurante.

 — Falando sério agora. Então você está se apaixonando por Júnior e ele por você? — ela pega o guardanapo e limpa a boca.

— Na verdade, não sei bem. Nunca senti nada assim por ninguém antes. É um sentimento diferente, doce e mágico, que me traz felicidade e ao mesmo tempo medo e foi esse medo que me fez rejeitar todo amor que Júnior veio me oferecer. — lamento — Medo de me entregar e sofrer, mais do que tenho sofrido com o Fred. Talvez esses anos com ele, me fizeram ser uma mulher medrosa, fechada e insegura com os homens.

— Talvez? Você ainda diz talvez? O Fred não te trouxe nada de bom amiga, essa é a verdade. — Pega o celular que está tocando dentro da bolsa.

Atende, fazendo cara de nojo.

Alô! Oi Isabela. Não vi o Júnior não, ele não voltou para trabalhar depois do almoço? Ele realmente foi no hospital, resolveu um probleminha e saiu logo depois, pensei que ele tinha ido almoçar com você. Já ligou para ele? Olha só, vou tentar aqui do meu celular, daqui a pouco te retorno.

— A Isabela disse que Júnior não voltou para o banco, depois que saiu do hospital e não atende o celular. Vou ligar para ele agora! — diz, preocupada. Ela liga algumas vezes e não recebe nenhum retorno.