Deixa-me te amar!(Finalizada)

20-Obstáculos

Boa leitura.

JADE

Antes mesmo que sua boca confessasse que me amava, seus olhos já me diziam isso. Era o mesmo olhar de amor que fixaram os meus, na primeira vez que nos vimos naquela festa. Nesse dia, fomos fisgados por um sentimento forte, lindo e incontrolável.

Passei a amá-lo desde aquele momento...tentei enganar o meu coração, fugi de suas carícias inúmeras vezes, o magoei, com palavras, para que se afastasse. Mas, tudo... exatamente tudo foi em vão.

Mais uma vez, ele está em minha frente dizendo que me ama, não só com os seus olhos, desejos e corpo, mas com os seus lábios. Meu corpo treme embaixo do seu, meu coração está explodindo de amor por ele. Acaricio a sua nuca com uma das mãos, e com a outra contorno os seus lábios.

Seus olhos se fecham com o meu toque, e, sua respiração fica mais pesada. Beijo a sua boca suavemente e digo, sussurrando, as palavras que estavam querendo sair há algum tempo, mas que eu, com medo, as tinha prendido.

— EU. AMO. VOCÊ. JÚNIOR! — Falo, pausadamente.

Seus olhos se abrem, admirados, com as palavras que acabara de ouvir.

— O que disse? — Sorri pelo canto da boca.

— Eu amo você!

— Não ouvi direito, repete. — Sua feição era de um menino que acabara de ganhar um doce.

— Eu amo você! Eu amo você! — beijo, várias vezes, o seu maxilar — Irei repetir quantas vezes você me pedir meu amor.

— Então... deixa-me te amar mais uma vez! — Fala, com os olhos cerrados de desejos.

— Eu sou completamente sua! — Sussurro em seu ouvido.

Entrego-me mais uma vez aos seus beijos e carícias...

Foi esse amor que levou-me a decidir não desistir de nós dois, mesmo sabendo que a Isabela estava esperando um filho dele.

Sei que não será nada fácil...sei o que espera-me, pois ela usará o filho para se aproximar do Júnior e, em contra partida, afastar-me dele.

****

Saímos do Hotel e fomos jantar num restaurante a beira mar. Júnior pediu-me para que não falasse sobre a Isabela e sua suposta gravidez. Queria desfrutar o resto da noite comigo, e garantiu-me que esse assunto seria, futuramente, resolvido por ele.

Sabia que ele estava dizendo isso para tentar me acalmar, mas podia ver em seu semblante rastro de preocupação.

— Tem certeza que não quer conversar sobre...

— Não! — Responde, sem deixar eu completar a frase.

Observo que ele não tinha nem tocado na comida.