EDUARDO
— Vim almoçar com você maninha. — digo, assim que Jade abre a porta do seu apartamento — Fui deixar Lara no hospital, ela me pediu para ir visitar a Isabela. Disse que tinha muita coisa para conversar com a irmã. Como sou um cavalheiro, não pude negar. Cadê meu cunhado? — pergunto, sentando no confortável sofá da sala.
— Júnior trabalha, esqueceu? Diferente de muitos... — responde, fechando a porta e vindo em minha direção.
— Eiii! O que quer dizer com isso, hein? Não tenho culpa se minha jornada de trabalho é 12x36 (doze por trinta e seis). — sabendo para quem era a indireta, — que estava mais para direta — tento me defender.
— Não se doa, Eduardo, porque nem falei o seu nome. — ela dá de ombros, com a cara mais cínica que conheço.
— E precisa?! — olho para ela e seu semblante sério, se mistura a um discreto sorriso — Você nunca muda, desde de criança, sempre tentando me tirar do sério. — contradizo, balanço a cabeça, enquanto sorrio.
— Tento e nunca consigo. — diz, com seu jeito meigo e com um belo sorriso nos lábios.
— Pessoas que tem um grande coração, não conseguem tirar ninguém do sério. — aproveito que ela está em pé, de frente à mim, e seguro em uma de suas mãos — Senta aqui, mana. — conduzo-a e ela senta ao meu lado, no sofá. — Não pode ficar muito tempo em pé, porque está carregando meu sobrinho.
— Eduardo, eu estou grávida e não doente. — num impulso, levanta-se rapidamente — E pode ser uma sobrinha. — diz, alisando a barriga, que já está visível, carinhosamente.
— Segundo meu cunhado, é um menino. — replico.
— Júnior... e seu medo de ter uma menina. — contesta, balançando a cabeça — Se for uma menininha já tenho pena dela, com o pai ciumento que tem.
— Coisas de pai! Agora vamos comer, porque estou morrendo de fome. — enuncio, levantando do sofá e indo em direção a cozinha.
— Eduardo, vai ter que almoçar sozinho. — avisa, vindo atrás de mim.
— Oxente! Por quê? — pergunto, virando e olhando para ela, com as sobrancelhas arqueadas.
— Hoje é meu dia de folga, portanto vou sair para almoçar e comprar algumas coisas para o bebê — explica, andando para o quarto — Mas Andréa, minha secretária, deixou almoço pronto, esquente no microondas e sirva-se. — ela entra no quarto e eu vou atrás dela.
— AAAhhh não, Jade! Você sabe que não suporto comida esquentada no microondas. Vou almoçar com você! — digo, enquanto ela abre o closet e procura algo.
— Mas de jeito nenhum, Eduardo. Já tenho companhia. — rebate, com a voz firme, tirando um vestido do closet e colocando em cima da cama — Dessa vez terá que almoçar sozinho. — volta ao closet, pega um banquinho, que estava ao lado do banheiro, e sobe para pegar um sapato na prateleira de cima.
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Deixa-me te amar!(Finalizada)
Romance#18 em romance - 15/09/17 #25 em romance - 06/01/18 Jade Spencer é uma jovem médica de 32 anos que batalhou muito para chegar onde chegou. Vindo de uma família humilde, seus pais a educaram de forma rudimentar. De uma personalidade branda e passiva...