51° Capítulo - Fim?

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Jonas Narrando:

Decidi que tinha que parar com aquele "drama". Já fazia um tempinho que Mellissa tentava falar comigo e eu a ignorava. Nem eu sei dizer o porquê dessa "raiva" que sinto... Ou senti.
Eu... Só não quero que ela se machuque. Ela já sofreu tanto.

Saio do meu quarto indo em direção ao dela. Bato na porta uma, duas... Três vezes, e nada. Então, percebo que a porta estava aberta, e entro no quarto, encontrando o mesmo vazio. Aonde ela teria ido nessa chuva à esse horário?
Saio, fecho a porta devagar, e vou para sala, afim de espera-lá.

Um tempo depois, escuto o barulho da porta, levanto e vejo Mellissa encharcada correndo. Tento chama-lá, mas é em vão. Ela entra em seu quarto, e bate a porta do mesmo com uma certa força. Acho que ela estava chorando.

Preocupado, corro atrás dela.

- Mellissa?! - Chamo enquanto batia na porta.

Até que ouço coisas se quebrando.

- MELLISSA?! MELLISSA, ABRE A PORTA!

Nesse momento, até minha mãe estava preocupada.

Segundos depois, o barulho para. Só ouviamos seu choro baixo agora. Continuo batendo na porta, até que ouço dessa vez, vidro se quebrando... O espelho.

Mellissa... Por favor... Não...

Mell Narrando:

Isso... Já não aconteceu?

Não, não, Não... Já?

Não importa.

Eu... Não aguento mais.

- Desgraçado. Por que comigo? - Digo baixinho, enquanto apertava a lâmina novamente. Eu não pensava em outra coisa.

Solto-a a deixando cair no chão.

Mesmo muito fraca e machucada, levanto e caminho em passos lentos, parando em frente a porta. Respiro fundo, junto todas as forças que ainda me restavam, pego um objeto qualquer na mesinha, e abro a porta em um movimento rápido. Jogo o objeto em Jonas, e saio correndo.

- Mellissa! - Ouço minha tia chamar, mas ignoro.

Por que tudo acontece comigo? Por quê? Por que eu Deus decidiu me colocar no mundo? Para sofrer? Para perder tudo o que amo? Para acostumar com a ideia que ninguém se importa... Que ninguém se importa com meus sentimentos?

Como eu pude acreditar nele?

Eu me odeio.

Eu me odeio tanto.

Continuo correndo. Saio de casa, sem rumo algum. Sem parar e sem me preocupar com quem olhava.

Até não sentir minhas pernas, e ver uma luz muito forte vindo em minha direção.

Adeus.












Fim?

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