Despedida ♡ C

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•Shibuya, Japão

P.O.V 》Chiharu Shinozaki《

Sempre fui muito sonhadora, cheia de objetivos e metas. Mas nunca imaginei que tais sonhos fossem me levar pra tão longe de casa, muito menos para um outro país.
Nunca fui fã de mudanças, mas devia isso aos meus pais, que me apoiaram muito pra que eu entrasse em um bom colégio que me guiasse até o caminho que eu tinha escolhido. Eu seria sim uma grande projetista da NASA, custasse o que fosse.

Foi um dia muito agitado, digo no anterior à minha viagem para a Coréia do Sul, minha mãe quase me enlouqueceu ao ficar repetindo mil vezes a lista de coisas que eu deveria levar. Eu estava quase a ponto de desistir.

- Haru, você pegou todos aqueles pijamas que eu separei? - minha mãe cruzava o quarto de um lado ao outro sem parar, pegando objetos ali e aqui, desfazendo o que eu tinha arrumado nas malas e reclamando que eu estava fazendo tudo errado.
- Sim, mamãe, eu peguei. - respondi suspirando, enquanto arrumava a mala com minhas utilidades pessoais, meus perfumes, os apetrechos da minha câmera fotográfica, e outras coisas como minha marca de xampu favorita.
- Porquê de querer levar isso?

Minha mãe chamou minha atenção, ela ria segurando uma camiseta velha de uma banda que eu nem ouvia, mas tinha ganhado aquilo de um amigo de infância. Então, a camiseta se tornava importante para mim.

- É confortável. - dei de ombros, fechando a mala que eu estava arrumando.
- Você não vai levar esse trapo. - e naquele instante minha mãe atirou minha camiseta em direção ao lixo.
- Não! - gritei e corri pega-la, a levando de volta para minha mala, recebendo um olhar reprovador da senhorinha - Eu quero levar como lembrança de casa.
- Uma camiseta? - minha mãe resmungou - Cresça, Chiharu! Isso nem tem mais significado.
- Sim, mamãe. - eu disse baixando a cabeça, ela tinha razão.
- Quer algo para se lembrar, leve isto. - minha mãe retirou uma pulseira cheia de uns cristais que eu mal lembrava o nome, que tinha ganho do meu pai, e colocou rapidamente no meu braço.
- E-Eu não posso ficar com isso, mamãe. - fiquei com certeza levemente corada, era uma coisa que valia muito para ela.
- Deve aceitar, meu anjo. - ela sorriu, virando-se para a porta - Não é mesmo, querido?

Não entendi direito até meu pai surgir do corredor de casa, entrando desconfiado no quarto. Ele se sentou do meu lado, e então fiquei entre minha mãe e meu pai. Meu pai era um homem de poucas palavras, meu irmão era como ele, e a única vez que eles falavam, tinha que se tratar de algo sério.

- Tome. - meu pai colocou a mão no bolso, e puxou um cartão - Só não vá gastar tudo de uma vez.
- Papai... - comecei a tentar discursar meu quase constante discurso de "recusar ter que dar prejuízo aos meus pais".
- Chiharu, me ouça. - ele me interrompeu - Quero que você arrume um computador logo que chegar lá. - meu pai enfim me encarou, estava meio lacrimejando, ia chorar - E por favor, tome cuidado. Não se meta em confusões. E nada de ga...
- Garotos. - eu completei vendo que ele não estava aguentando - Eu sei, papai.

Enfim ele me abraçou e se permitiu chorar um pouco. Meu pai nunca demonstrava, mas era muito emotivo.
Mamãe vendo aquela situação, se juntou a nós dois e começou a chorar também.

- Começaram o drama sem mim?

Desviei o olhar novamente para a porta do meu quarto, e meu irmão Armin, se encontrava encostado no batente sorrindo ao ver meus pais tão orgulhosos.

- Vem logo, seu corta clima. - eu ri, estendendo a mão para ele.

Armin era o mais doido da família, tinha quase 25 anos e agia como uma criança de 10. Ele e eu sempre implicavamos um com o outro, discutíamos o tempo todo mas no fim, eu amava meu irmão tanto quanto ele me amava.
O garoto se jogou atrás de mim e passou os braços pelo meu pescoço, me agarrando de qualquer jeito só pra participar do momento.

- Certo, família, vocês estão me sufocando! - eu disse tentando me ajeitar ali no meio.
- Ainda não! - Armin me puxou pra trás e eu cai dando um grito muito estranho, fazendo meus pais rirem.
- Me solta, garoto idiota! - eu reclamei rindo, pois ele não queria me soltar e ficar me mantendo presa ali.
- Armin, Chiharu, já chega. - minha mãe nem precisava falar nada, já sabíamos que ela não gostava desse tipo de brincadeira.
- Perdão, mamãe! - eu disse ao mesmo tempo que Armin.
- Tudo bem, acho que já está na hora. - minha mãe sorriu pegando em minhas mãos - Tome cuidado, princesa, e se dedique como sempre.
- Nos orgulhe. - meu pai completou, colocando a mão no meu ombro, também sorridente - Como sempre orgulhou.
- Eu prometo! - respondi me curvando, e levantando logo daquela cama.

Os três me ajudaram então a descer as malas para o carro, seriam quatro e ainda minha mochila com as coisas da escola. Armin me levaria até o aeroporto.
Minha família não era nada normal, meu irmão me deu um peteleco na testa para se despedir antes que eu entrasse no avião. Odiava ter que implorar por um abraço mas Armin não negou, e enfim, era adeus Shibuya pra mim.

[...]
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Oi pessoas, venho diretamente da cidade dos unicórnios para participar dessa história maravilhosa e causar o maior rebuliçoooo ~referencias. Legal não é? Bem, se quiserem ler minhas histórias apareçam no meu perfil, @Harunicornia. Beijo de trevas.

Seoul ProblemsOnde histórias criam vida. Descubra agora