Capítulo III: Ecos solitários.

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Se sentir sozinha e insuficiente é como ouvir uma voz no fundo de sua mente, lhe dizendo que nunca vai existir alguém querendo sua presença, querendo ouvir sua voz, querendo escutar as palavras cheias de lágrimas, entupidas de soluços dolorosos presas em sua garganta, querendo te ajudar no redemoinho que você se afoga, no mar cheio de agonia. A voz sempre vai estar ali para te obrigar a escutar que os ecos nunca irão embora, se perderem. Sempre ali para dizer que seus defeitos sempre vão suprir aquilo que te agrada, que o único caminho na sua visão é sua própria companhia atordoada, cruel, sem sentido concreto.

O que faria alguém amar alguém confuso sentimentalmente, psicologicamente, que não consegue respirar, que afunda nos próprios pesadelos, que nem mesmo consegue se auto entender? Magia, talvez mas é algo que somente vigaristas conseguem dominar, que tentam ganhar sua vivência cegando pessoas para a verdade.

Não conseguiria enganar, esconder a verdade e talvez por esse específico motivo, ninguém pelo menos tentou compreender, abraçar toda a intensidade que distribuo, que é ignorada por milhares, por todas as multidões que já dei a atenção. Minha cabeça fazia meu corpo inteiro acreditar que as pessoas precisavam desta atenção, do carinho que a família castiga, do amor depois do choro que não deram importância, do "eu estou com você" depois de "quanto drama". Mas, após meus sentimentos serem pisoteados, que ninguém simplesmente deu a mínima para isso, para a aflição, sofrimento além de si mesmos. Egoístas, são isso que eles são.

Todos se importam apenas com o que os irá causar dor mas nunca, como suas pequenas palavras, brincadeiras podem acabar com a vida de outro alguém.

Um dia, você vai lembrar dos meus poemas sobre nós. (2018)Onde histórias criam vida. Descubra agora