Capítulo XXIII: Você é a caneta permanente escrita nos cantos.

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Eu pensei que tivesse apagado cada traço teu de mim. Eu jurei que nenhuma migalha sua tivesse ficado quando tu fechou a porta mas dói tanto perceber que me enganei. Me enganei e permaneço sentindo as mesmas coisas lembrando dos seus moldes, permaneço ouvindo a tua respiração como alarme de manhã. Permaneço lembrando do teu jeito, presente em qualquer música; na sua voz, grudada nas paredes de todo meu quarto. Eu menti para mim mesma pois mal sabia que nem a borracha conseguiu apagar o que estava escrito a caneta.

Seu nome está escrito permanentemente em toda minha carne.

Um dia, você vai lembrar dos meus poemas sobre nós. (2018)Onde histórias criam vida. Descubra agora