Capítulo XXIX: Espero que boie.

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As marcas na pele começaram a se anular depois de três dias.

Tu lembra? Surtei em frente ao espelho e o choque falso foi claro no meu rosto mas voltei ali, voltei para o teus braços e pedi de novo. A cor ficou pior e ainda quis, queria saber se foi bom como foi açucarado em mim. Tu me fez mais doce em poucas horas. Poucas com tamanha intensidade que nadou como um peixe oceano à fundo e afundou, espero que boie. Sonhar se transformou escasso quando o desejo em olhos abertos é consumidor. Buracos do planeta são completos e inteiros pelo querer de ser tua como se fosse o último minuto do meu peito á bater.

Tu lembra? Eu disse que quando te tivesse, eu viveria como se fosse o último milésimo de tempo só para gravar como poesia, para não esquecer de partes tuas. O ar puro seria só um em meio a bilhões de seres e uma guerra começaria para respirar nele entretanto, nada teria significância quando pudesse ouvir de você, sentir as pontas dos dedos nas tuas costas e unhas em teus ombros que tu me pertence em poucas horas, poucas em tamanha intensidade que voaram como um pássaro céu avante e sumiram nas nuvens. Anseio que volte logo para mim.

Um dia, você vai lembrar dos meus poemas sobre nós. (2018)Onde histórias criam vida. Descubra agora