Capítulo XV: O grão de poeira embolado no sol.

18 1 0
                                    

Ei, tudo bem?

Como foi teu dia hoje?

Sente falta quando a gente passava madrugada conversando? Tanta coisa pra viver e a gente nem dormia.

Tá feliz?

Quantas vezes sorriu hoje?

Queria te perguntar tantas coisas mas poucas perguntas já bastam. Quero saber se tá sorrindo como às vezes to fingindo fazer. Quero saber como seu coração está agora, ele continua como sempre e sente um vazio? Eu sinto que o meu anda solitário hora ou outra, como se sentisse falta de algo vagando do lado dele, conversas de madrugada sobre tantas coisas para viver e insônia.

Eu escrevi um texto sobre há meses atrás porque eu realmente estou esvaindo de falta.

Esvaindo. Sinto meu interior se desintegrando​ em pó enquanto tu olha para o horizonte com novos amores, novas essências, novos tocares, um novo viver e tá tudo bem, o que mais me faz feliz é perceber que o sorriso não te acenou dizendo adeus. (Sei que é errado desejar ver tristeza em tuas letras, em tuas falas — eu me odeio por ainda me sentir dessa forma, em setembro — mas eu sinto necessidade de ver importância, minhas inseguranças que quero quebrar, de ver que todo preconceito suprido dentro de mim não foi em vão, ver que o começo de alguns medos meus deixados para trás pelo teu encorajamento não foi puro devaneio.)

Eu suplico que faça tudo parar de quebrar. eu sinto falta.
(Quero parar de esvair por você.)

Eu desejava me enfrentar em meio excitação de conhecer um universo, desvendar novos lábios, descobrir novas galáxias em outras peles enquanto a sua está longe de alcance para minha necessidade de ser tocada, de ser amada no calor da presença. Tu não podia me dar quando gritava de escassez. (Eu quero tantas coisas pelas minhas inconstâncias e isso te machuca. Todos acham que fui criada para te machucar, que eu não pareço nem gostar de você e que nunca sei o que eu realmente quero mas eu sei, eu sei o que EU quero. Eu sempre quis você. Não são palavras ao vento, palavras apenas, palavras pequenas. Tu não pode não me entender mas é tão fácil, está escrito em negritos e também nas entrelinhas. Eu amo você mesmo que você não entenda meus quereres e ninguém mais entender. Eu estou apaixonada. Nada em troca, simplicidade e não pedindo de volta. Eu sinto muito por não conseguir ignorar a eles, ao meu ciúmes que me machucam, e não conseguir curar minhas inseguranças sem arruinar mais coisas ainda.)

Queria me desprender.

Eu queria um amor que nunca tenha conquistei após uma década e meia mas não enxerguei nas entrelinhas das cartas do meu futuro que haveria imensas chances de perder uma paixão recente que ansiava ser eterna. Aquela que rompeu limites diversos de orgulho, infantilidade, arrogância nunca vista. aquela transbordando capacidade de enfrentar batalhas do desconhecido mesmo com tantas indiferenças. Aquela que foi capaz de me fazer reencontrar inocência, bondade no ser que acreditei com convicção estar mergulhado em maldade estruturada na sua primeira amizade, no egoismo ensinado com o primeiro presente de natal.

No mergulho de reencontro, eu te perdi. Eu quis algo sem pensar duas vezes no que meu querer poderia destruir.

Eu preciso de um banho, de alma para limpar cada relíquia da confusão que são o que eu sinto. Todos nós precisamos disso para perceber o quanto necessitamos de uma paz que o amor te tira, que alguém leva consigo e mesmo com o fim, nem lembra de trazer de volta. Tu tirou minha paz, de cada canto do meu lar mas agora, me sinto fraca um tanto para batalhar para acha-lá. (Eu perdi ela em você e as vezes queria que trouxesse minha paz de volta mesmo que outras coisas que sentiu conjunto a elas não existam mais. Me perdoe pelas coisas banais que disse em janeiro de 2017, fevereiro, março, abril, maio, agosto, setembro, direi em outubro, novembro e mais meses que virão mas por favor, não se desprenda de mim. Eu não sei se suportaria — mas se tu não suportar, fuja de mim. — nunca mesmo que em lágrimas, eu suplique para ir embora somente porque não sei lidar mais com o que eu sinto. eu não sei ainda e não sei mais se vou saber. Me desculpe por quebrar nosso laço e por ser tão confusa para criar chão firme. Por te machucar e machucar nossa relação. Por não ter sido uma boa amiga, uma boa amante mesmo que tenha tentado. eu tentei, juro que tentei. Tentei estar para quem estava para mim. Me desculpe por não conseguir me desprender da teimosia, de as vezes, não conseguir enxergar o passo errado na dança que eu dei. Eu sinto muito por ter me embolado em você. Eu sinto muito)

Estou me esvaindo pelo o que sinto por seus versos. deixei todos os poemas escritos em 240 dias no ar.

Me culpo nas não posso amarra-lós pois eles são livres como nós éramos, antes de junto a eles, tu ir enquanto eu me afogo em alto-mar no que eu sinto por você e nos meus defeitos.

Será que você consegue lidar com o que ocorre na minha cabeça e alma?

Será que ainda acredita quando estiver curada de mim mesma, poderemos curar também aquilo que eu quebrei?

Você é muito boa. Tu fez nascer rosas em mim, em tudo. O Seu coração é cativante assim como seus futuros atos ao mundo serão. Eu te prometi, disse que tu tinha potencial de mudar o mundo inteiro se sentisse vontade porque bondade como a que existe em ti, raramente se acha. Eu vi aquilo que você antigamente, fechava para milhares. Obrigada pela confiança, que eu já quebrei. Eu sei que não se importa. Isso é admirável, o quão você não se importa com o que eu fiz e bem mais com você porque afinal, não podemos nos entupir de coisas ruins e deixar o que é especial de verdade fugir. você sempre em primeiro lugar. Pessoas precisam disso, eu preciso.

Influencie. Acredite cegamente em você. Confie no seu potencial, originalidade. Na sua determinação. nos seus talentos. Na sua beleza. No seu olhar diante do mundo, das pessoas. Diante o verde, amarelo e azul. Se mantenha firme nas suas crenças. Por favor, não se deixa abalar pelo caminho tortuoso porque sua força permanecerá sempre. Continue flutuando sobre os planetas com seus objetivos, sempre ao lado de quem te ajuda a continuar voando.

(Eu te ajudo a continuar ou só te puxo ao chão?)

Uma vez, eu li em um livro que as vezes, nós tratamos como sol quem nós vê como grão de poeira. Às vezes, somos o sol de quem nós achávamos que não passávamos de poeira. Às vezes, alguém é um grão de poeira para nós quando elas só queriam ser nosso sol. Eu não sei se sou somente poeira estelar para você mas isso não é moeda de troca porque eu me importo muito com a maior estrela do meu céu. Obrigada sol, por criar rosas em mim.

Um dia, você vai lembrar dos meus poemas sobre nós. (2018)Onde histórias criam vida. Descubra agora