Capítulo XI: O inverno nos abraçou.

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O vento frio passa por cada traço da minha pele mas nem ao menos, ele consegue ter o poder de congelar aquilo que queima dentro de mim mesmo que o seu gelo me abrace. Sinto o interior quente, árduo como uma fogueira, intocável, com sua chama infinita dançando com a lua em uma valsa perfeita brilhante na escuridão. Sinto tuas palavras ao meio da chama. Sinto seu coração, a pureza entrelaçada. Sinto você dentro de mim, mantendo o fogo queimando, sem possibilidades de deixa-ló se apagar.

Hoje, nós nos encontramos no inverno, onde todos procuram calor em abraços quentes, cobertores, no amor assim como eu procuro sempre meu calor em você. Mesmo que esteja a milhares de quilômetros longe de mim, consigo ver ele queimar. Você. Você é o fogo, aquilo que todos vêem nos olhos de alguém quando se está apaixonado, nos olhos da mãe com admiração quando acabou de ver seu filho nascer. Aquilo que todos vêem no toque de quem mata a saudade da pessoa que estava distante, no aconchego apertado da avó ao seu neto que tem medo de nunca mais ver após sua morte. Você é o fogo de admiração, do amor, da paixão, do sentimento mais quente, da coragem, da determinação. Cada sentimento fundido no calor que mantém nosso laço intacto, como a chama infinita a queimar, dançando com a lua em uma valsa perfeita de brilho na escuridão.

Posso estar longe de você, ter medo do frio, ter medo de mostrar ao mundo tudo aquilo que sinto pelo calor que você expõe mas a vontade de continuar essa dança com você eternamente nunca foi escassa, em nenhum pingo de sangue que corre nas minhas veias, nos batimentos que fazem meu coração bater.

Um dia, você vai lembrar dos meus poemas sobre nós. (2018)Onde histórias criam vida. Descubra agora