Através do tempo - Amor eterno.

Capítulo 41

Inglaterra

Grantchester Condado de Cambridgeshire

-Porque você não apareceu mais nas minhas visitas? Você aceitou o pedido dele?

O final da frase saiu como um rosnado, mas muito mais controlado que meses atras, na verdade foi mais frustrado e triste que agressivo, os sentimentos transmitidos naquelas duas perguntas. Rosemary suspirou sabendo o que aconteceu na vida do amado Gio, sua mãe não poupou detalhes da terapia de grupo, ela passou dias em guerra decidindo se contava ou não pare ele sobre o tal homem maravilhoso, a razão e os sentimentos  em conflito e os sentimentos aprisionados por tantos anos ganharam então hoje ela estava aqui diante de um novo homem, ela ficou sabendo que ele foi avaliado pelo renomado doutor Peter Lewis e sua equipe da America do Norte uma mulher de nome Yves e um senhor de nome Daros.

-Você não consegue olhar para mim! Entendo seus motivos.

-Não Gio você não entende.

-Você tem uma vida perfeita e merece um homem perfeito, eu só traria danos ao seu mundo de organização e paz, mas não posso deixar esta chance, deixar de dizer que você foi a unica que realmente confiei e amei, eu fui tolo em fugir dos meus sentimentos porque me sentia indigno de você, era como conspurcar o que eu considerava a parte mais pura da minha vida. Desta vez não estou fugindo estou feliz que você encontrou um homem que pode te dar o amor que eu tenho por você, mas sem minha carga emocional pesada e problemas de saúde mental. Aprendi aqui neste lugar deixar livre também é amar que ficar feliz com a felicidade do ser amado também é amor, só precisava desta última chance para perguntar. Rosemary Allen eu tenho um chance mesmo que pequena de provar que te amo e farei tudo para te fazer feliz como só de ver seu sorriso me faz?

A moça nesta altura do discurso tinha a face banhada em lágrimas de felicidade, foram anos sofrendo vendo seu amor, o homem que tinha seu coração ir de um mulher para outra sem retribuir o seu amor, ouvir aquelas palavras foi como flutuar em uma nuvem assim como nos seus sonhos, esta é sua definição de liberdade, enfim ela é livre para soltar a frase que dizia somente em sonhos e em sua mente nas suas fantasias quando acordada.

-Gio eu nunca deixei de te amar.

-Mas, eu... Rose eu... E o homem que vem me descrevendo como maravilhoso?

-Eu descrevi minha visão de você, como te via, como te vejo e sempre verei Gio. Eu vejo aquilo que você tenta esconder ferrenhamente e aqui e agora nesta terapia você está descobrindo. Só faltava você se ver como eu te sempre o vejo, nós dois estamos longe da perfeição. Eu faço tratamento para o meu Transtorno obsessivo-compulsivo, desenvolvi ainda na menina, minha família me cobrava tanta perfeição e fui tão fraca em não lutar pelos meus ideais que ao interiorizar as emoções o que você chama de perfeição e organização para mim é uma mania, um vício, um medo, um sofrimento...

-Lembro como seus pais queriam sempre as melhores notas e sempre o primeiro lugar nas competições, as aulas de música, balé, idiomas, esgrima e tênis... Sua agenda era mais preenchida que a do meu pai!

-Quando sofri uma estafa aos vinte e dois anos de idade e o médico que cuidou de mim me encaminhou para uma clinica de repouso a psicóloga ficou chocada com a minha infância, quando ela perguntou quando eu brincava e como eram meus brinquedos, o que meus amigos de infância gostavam de brincar comigo e contei que minha unica lembrança juvenil eram os jogos de R.P.G que jogamos e isso meus pais deixavam porque estimulava o cérebro ela me indicou para terapia, depois que saí de lá mudei meu curso, fui morar sozinha e o resto é história.  

George abraçou Rosemay dando-lhe um casto beijo na testa, mas ainda assim ela se sentiu aquecida e estremeceu com o contato do lábios em sua pele, os braços masculinos à sua volta poderosos e o peito que encostou sua cabeça maciço e cheiroso, era ali que sempre sonhou fazer morada sempre lembrava como ele em sua imaginação era como casa, lar a morada da sua felicidade juvenil o cheiro da liberdade da aventura e do prazer quando estava triste ou com medo de uma novidade ou quando um encontro não dava certo, sua primeira experiência sexual deprimente a acusação de quente por fora e fria por dentro, a velha ilusão que só porque é ruiva tem que ser fogosa, sempre teve o temperamento doce achou injusto por toda culpa nela. Todo formigamento esperado naquelas noites de penosas tentativas com seu namorado ela sentiu com um inocente beijo na testa dado como carinho e conforto sem apelo sexual.