XII

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Acordei sendo mimada com beijos estalados pelas costas para em seguida sentir mãos afoitas percorrendo o interior das minhas pernas.

- O lado bom de ser Tempestade é que você vive toda molhadinha...

- Nossa, Giorgio! Que piada mais tosca. E eu achando que ia acordar com palavras românticas...

- Mais do que casar as palavras "tempestade" e "molhadinha" na mesma frase? Não espere tanto de alguém que vive rodeado de mulheres bonitas e burras.

- Alto lá e cuidado com a parte que me toca!

- Toco mesmo, mas eu ia completar a frase dizendo que salvo raríssimas exceções.

- Bom para você...

Quase não consigo falar a última frase. Já estava excitada a ponto de pedir que ele me penetrasse quando seus dedos começaram a passear pelas minhas entradas.

- Caralho, Brisa. Não vou conseguir brincar muito assim agora pela manhã.

Virou-se e pegou o pacote no criado-mudo, vestindo o pênis e acomodando-se de ladinho por trás de mim. Ele afastava minha bunda e fazia com meu corpo se curvasse para a frente, dando passagem para que ele me penetrasse. Eu estava dolorida, mas o acolhi com mais facilidade do que na noite anterior. Ele entrava e saia de mim sussurrando as safadezas mais gostosas que jamais pensei que fosse gostar de ouvir. Seus dedos marcavam a minha coxa e quando comecei a gemer pedindo que ele não parasse, ele gozou junto comigo.

- Porra, Brisa. Olhe o que você fez?

- O que foi?

- Está cheia de marcas de dedos.

- Ah, tá bom!! E fui eu quem fiz? Só me faltava... sou muito branca e qualquer coisinha me deixa assim.

- Vamos torcer para não ser necessário maquiar você dos pés à cabeça amanhã.

Ele saiu de dentro de mim e não gostei de sentir o vazio que aquela ação me provocou.

- Vamos tomar café e atravessar a cidade para a entrevista. Se não corrermos vamos chegar atrasados.

- Posso tomar banho com você?

- Nem pensar. Acabei de dizer que estamos atrasados e você me faz uma proposta dessas?

Fiz biquinho e revirei os olhos. Ele foi caminhando para o chuveiro enquanto falava.

- Fazemos o seguinte: Vamos para o nosso compromisso e depois quero te levar para conhecer um lugar. Quando voltarmos, nossos amiguinhos terão uma conversa séria e, caso eles se entendam, a gente toma banho juntos.

- Acho que eles têm se entendido muito bem...

- Não oralmente... Só ela tem voz e o rapaz aqui está doido para falar também!

Entendi o recado escancarado nas entrelinhas e assim que ele saiu do banheiro, sem encará-lo, corri para tomar banho e dar um jeito no cabelo. Passei quase nenhuma maquiagem, pus um jeans escuro, camiseta regata branca, saltos de dez centímetros, como se eu precisasse deles para me deixar ainda mais comprida e desci para encontrá-lo no lobby do hotel.


Não o achei no local marcado e o rapaz da recepção me indicou onde ele me aguardava. Caminhei com passos firmes e decididos notando que as pessoas se viravam para me olhar e encontrei um Giorgio aborrecido em uma mesinha escondida no canto esquerdo do restaurante.

- Parece que eu estava adivinhando que você ia parar esse lugar só em botar o pé para fora do quarto...

- Que mudança repentina! Achei que você estava preocupado por eu estar ficando velha para a profissão...

Adeus, tempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora