XIX

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Eu juro por tudo o que há de mais sagrado que eu ia impedi-lo, mas não deu. Eu queria aquilo tanto quanto ele e assim que o vi e o seu cheiro me invadiu, deixei de lado o tempo e a dúvida, e me entreguei somente ao desejo.

Nosso beijo foi tomado de urgência e em uma questão de segundos eu estava completamente despida com um homem ajoelhado aos meus pés apoiando o meu joelho sobre o seu ombro. Sua boca invadia o meu sexo e eu pedia mais puxando-o pelos cabelos, fazendo com que se enterrasse ainda mais entre as minhas coxas. Ele me carregou e me pôs na cama fazendo com que abrisse ainda mais as pernas. Assistiu seus dedos me tomarem e sussurrou que precisava estar dentro de mim.

Mais uma vez precisei impedi-lo de fazer uma besteira e eu mesma vesti um preservativo no seu pênis. Nunca havia feito aquilo antes e estava louca para bater um papinho com meu amigão, mas estava tão excitada quanto ele. Empurrei-o na cama e pela primeira vez tomei a iniciativa de ficar por cima. Queria ser preenchida por aquele membro grosso e sentir cada pedaço dele me devorando. Sentei com as pernas recostadas nas laterais do quadril dele e fiz com que o meu corpo conduzisse o ritmo da penetração. Enquanto descia de encontro a ele, deixei as minhas mãos se perderem em meu corpo. Agarrei um seio enquanto um dedo estimulava o meu clitóris. Ele estava grudado na minha cintura e tentava acompanhar todos os meus movimentos. Depois que gozei três vezes seguidas ele me pôs de quatro e me comeu até que fosse a vez dele. Estávamos famintos e foi uma foda com F maiúsculo. Sem carinho, sem muito tato. Sem romance, mas com um tesão descomunal. Caímos na cama e ele me puxou contra o seu corpo suado.

- Oi.

- O que foi que a gente fez, Giorgio?

- A gente se comeu, Brisa. Fodeu. Gostoso para caralho!

- Essa parte eu sei, mas porque hoje? Por que só agora?

- Estava louco para te encontrar, mas as coisas foram acontecendo, uma atrás da outra e quando vi já não me restava muito tempo.

- você fala do tempo como se fosse morrer amanhã. O que exatamente você veio fazer aqui?

- Vim te ver.

- Você veio só para isso?

- Sim.

- E porque agora? E porque tem que ir embora hoje, assim correndo?

- Preciso te contar uma coisa. Sei que tinha que ter falado antes, mas foi tudo tão inesperado...

Sentei na cama puxando o lençol contra os seios. De alguma forma eu já sabia que coisa boa não podia ser.

- Fale de uma vez.

- Eu sei que você vai me odiar...

- Eu vim até aqui. Eu quis transar com você. Não sou tão inocente o quanto pareço e você sabe bem disso!

- É que eu queria que fosse tudo diferente. Eu tentei mudar o rumo dos acontecimentos, mas não deu.

- Se você não falar de uma vez eu juro que levanto, ponho a minha roupa e vou embora.

- Eu... Eu vou me casar, Brisa. Daqui a uma semana.

Senti meu mundo desabar, mas não dei indícios do abalo.

- E veio fazer a sua despedida de solteiro?

- Vim porque eu precisava estar com você e já tinha esperado demais. Precisava ter certeza do que sinto por você. Estou mais fodido do que quando cheguei. O pior é que eu já imaginava que isso fosse acontecer.

- O que, exatamente, fosse acontecer?

- Que eu não resistiria. Estou completamente apaixonado, Brisa. Penso em você o tempo inteiro e não tem uma noite que eu não sonhe com você e com os momentos que passamos juntos.

Adeus, tempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora