Capítulo 31°

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       Heloiza Narrando:

Eu estava na minha sala Assinando alguns papéis de casos finalizados, olho para meu relógio e vejo que são Quatro horas da tarde, Alguém bate na porta da minha sala e mando entrar.

—Delegada… -Helen entra. —Bom, só vim aqui avisar que já estou indo mas qualquer coisa é só me ligar. -Ela fala e assentir.

—Até amanhã Helen. -Falo pegando duas pastas.

—Até amanhã… -Ela me olha com um sorriso no rosto e sai.

Verifico a pasta de Diego e Carla, tudo okay. Peguei a minha marmita com bolo e sair da minha sala, peço para o carcereiro levar Diego para a Sala de visitas e ele assentiu.

Ao chegar na sala eu me sento na cadeira e começo a ler a pasta de Carla enquanto comia bolo, ela era uma menina muito estudiosa e trabalhadora, com Quinze anos ela teve o seu primeiro emprego em uma loja de bijouterias.

A porta é aberta e logo vejo o Diego entrando junto com o carcereiro, ele tira as algemas de Diego e sai da sala nos deixando à sós. Vejo Diego sentar na minha frente e cruzar os braços, olho bem para seu rosto e percebo as olheiras debaixo dos seus olhos, arranho minha garganta e me endireito na cadeira.

—Vamos começar… -Falo meio que nervosa. —Carla já namorou alguém que você não aceitasse? -Eu o olho.

—Não… Nunca deixei ela namorar. -Ele fala baixo e volto a olhar para a pasta.

—Mas você desconfiava de alguém? -Falo e como um pouco.

—Não, eu confiava em Carla… A única pessoa que ela ainda trocava alguns carinhos era o meu amigo, Sérgio. -Ele fala calmo.

—Huum… -Murmuro. —Me fala um pouco sobre sua irmã, no seu ponto de vista. -Falo de boca cheia.

—Bom, Carla sempre foi uma menina calma e muito paciente, Ela nunca brigou no colégio ou na rua, suas notas sempre foram boas e era uma ótima irmã. -Ele fala e eu ouvia tudo com atenção. —Nossos pais morreram em um acidente de carro, eu tinha nove anos na época e Carla um… Fomos criados pela a vizinhança, todos nos ajudava em tudo, o Senhor Mário fazia o nosso café da manhã, almoço e jantar, Michele a filha dele tem quase a minha idade, ela é minha melhor amiga e nunca nos abandonou… Quando Carla morreu, Michele ficou arrasada mas nunca saiu do meu lado, como eu não podia ir ao local do crime e nem dar depoimento aqui, eu mandei o Sérgio vim no meu lugar e falar que ele era o primo dela. -Ele fala e engoli seco.

Eu não conseguia falar nada, completamente nada… O passado de Diego é tão ruim e difícil, sinto um nó na minha garganta e meu rosto arder. E eu sempre achei que o meu passado pela a morte de minha mãe era horrível, mas depois que eu ouvir a História do Diego o meu coração ficou em pedaços.

—É… -Tento falar mas não sai nada. —Vamos mudar um pouco do assunto, e você Diego? Como se tornou o Dono do Alemão? -Falo e percebo Diego acompanhando o garfo até a minha boca. —Você quer? -Pergunto e o mesmo fica calado. —Pode pegar… -Empurro a marmita.

—É… Não, obrigado. -Ele fala olhando para o bolo.

—Sério?! Nossa, pois isso estar tão bom. -Falo e ele me encara.

—Acho que só um pouquinho. -Ele fala e dou o garfo para ele.

Diego como um, dois, três pedaços com muito gosto e eu apenas o olhava sem parar enquanto um leve sorriso estava nos meus lábios. Fico analisando bem o seu rosto e sinto meu coração acelerado, minhas mãos suando frio e minha respiração ofegante, Diego era um homem perfeito que tira o fôlego de qualquer mulher.

Amor Fora Da LeiOnde histórias criam vida. Descubra agora