Capítulo 40°

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        Diego Narrando:

Não conseguir dormir o resto da noite, eu não parava de pensar na segurança de Heloiza. Ela é tudo pra mim. Eu já tinha escovado meus dentes e esperava o café da manhã, o celular vibrou e pego o mesmo com uma certa presa.

Era uma mensagem de número privado e sinto minha respiração acelerada, abrir aquela mensagem e sinto a raiva me consumir.

—Diego… Nunca imaginei que um dia você iria ser preso. Assim fica bem mais fácil de pegar o Morro pra mim… Ah e mais uma coisa, a tua mina é muito gostosa, uma morena linda que me deu vontade de usá-la até perder a graça.

Eu li aquela mensagem e sinto meu peito queimar de raiva, aperto o pequeno celular até meus dedos ficarem brancos.

—Diego? Tá bem irmão? -Wilson pega no meu ombro.

—Não… -Falo lhe encarando. —Eu tenho que sair daqui Wilson. -Falo e ele me olha boquiaberto.

—Calma ai… O que aconteceu pra tu tá assim? -Ele me puxa mais para o canto da cela.

—O Dono da Rocinha quer tomar o meu morro e eu não posso deixar, mas se eu não entregar o morro pra ele… A Minha Mina corre risco de vida. -Falo com raiva.

—… O que você vai fazer? -Ele me olha e fico uns minutos calado.

—Vou ter que terminar com ela… Assim ela ficará bem e se caso aconteça algo, será só comigo. -Falo e respiro fundo.

—Olha, se não fosse uma situação tão grave assim, eu iria mandar tu tirar essa idéia da cabeça… Poxa cara, eu te conheço vai fazer Um mês e vejo que tu gosta mesmo dessa mina. -Ele fala pegando no meu ombro.

—Vai… Vai ser difícil, eu não sei como falar isso pra ela. -Sinto meu rosto arder.

—Vai com calma, talvez ela entenda o seu lado. -Ele fala e apenas assentir.

Fico isolado no canto da cela, tudo o que eu mais queria agora era sumir daqui. Eu não devia ter entrado na vida de Heloiza e nem ter deixado ela entrar na minha, vai ser muito difícil parar algo que estar tão bom.

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Hoje era segunda, dia de visita com a Heloiza e eu não consigo parar de andar naquela cela. Eu estava nervoso, minhas mãos suavam frio e meu peito parecia que iria explodir a qualquer momento.

—Diego Araújo. -O Wellington chega na grade e vou até a mesma.

Coloco meus pulsos e sinto aquelas algemas frias se envolver em volta dos mesmos. A cela é aberta, saio cabisbaixo e ando em passos lentos, aquilo parecia uma tortura. Ao chegar em frente da sala, sinto o meu coração se contorcer aos poucos, entro de cabeça baixa e o carcereiro Wellington tira as algemas dos meus pulsos.

Após ele sair, sinto o seu corpo pequeno colado no meu, eu não conseguia olhar nos seus olhos. E com cuidado, eu envolvi meus braços no seu corpo moreno e cheiroso, beijo o topo de sua cabeça e sinto aquele seu perfume doce.

—Estava com saudades de você… -Ela fala ainda abraçada comigo. —Como foi o seu final de semana? -Ela pergunta e finalmente encara meus olhos.

Eles eram tão brilhantes e cheios de vida, passo meus dedos na sua bochecha macia e dou um selinho nos seus lábios.

—É… Bem. -Minto. —E o seu? -Pergunto e sentarmos.

—Foi Maravilhoso, eu e minhas amigas fomos para o shopping fazer compras. Passei um domingo muito tranquilo com o Papai… -Ela fala enquanto olhava a pasta de Carla.

Amor Fora Da LeiOnde histórias criam vida. Descubra agora