Capítulo 1°

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    Heloiza Narrando:


*Barra da Tijuca-RJ*

*Quarta-feira, 22:30*


Saio da Viatura e vou até os policiais em passos largos, eles já estavam recolhendo informações sobre a vítima que acabou de ser assassinada.

—Senhores… -Eu chego e eles me olham. —Então, o que aconteceu aqui? -Pergunto e vejo o corpo já coberto.

—Um indivíduo foi assaltar a moça e Ela recusou de entregar os seus pertencesse. -O sargento James fala e pego o bloco de notas de suas mãos.

—Carla Araújo Lima, Dezenove anos, trabalhava numa sapataria e fazia curso de enfermagem. —Li sobre a garota e devolvo o bloco de notas para o sargento. —Alguém viu quem fez isso? -Pergunto e me aproximo do corpo.

—Não Delegada, a moça estava só na hora do crime… -Ele fala atrás de mim.

Me Agachei e tirei o lençol branco de cima do corpo, me deparo com uma moça bem jovem e bonita, seus rosto era fino e delicado e seus cabelos eram negros e curtos.

—Foram dois tiros disparados contra a Vítima, Delegada. -Helen fala parando na minha frente.

Helen era perícia criminal e fazia dois anos que trabalhava comigo, ela era um ano mais nova do que eu e muito bonita. Seus cabelos ruivos e longos estavam presos em um rabo de cavalo, seus olhos claros estavam atentos a câmera.

—Onde foram os disparos? -Pergunto e ela tira o lençol de cima da vítima.

—Um foi na barriga e o outro bem no coração da moça, foi a queima roupa. -Ela fala me mostrando os tiros.

Helen cobre o corpo de novo e fica na minha frente, vou até os policiais e os mesmos me avisam que o IML já estar à caminho. Olho mais uma vez para aquele corpo coberto no chão e sinto uma pena, talvez a família já sabe dessa tragédia.

Tão nova, tinha tanto o que viver pela frente, tantos sonhos e isso tudo foi tirado por um vagabundo.

Acho que por isso que me formei em direito e me submeti a um concurso público, não suporto esse tipo de gente que quer ganhar dinheiro fazendo coisas erradas e tirando vidas de inocentes. Eu amo ser Delegada, foi um profissão que escolhi e que também foi a profissão que um dia o meu Pai seguiu.

Não digo que ser Delegada é fácil, pois você tem que lhe dar com foras da lei todos os dias, sem contar com casos de violência contra mulher, abuso infantil, brigas entre famílias e muito casos absurdos que o nosso país convive todos os dias.

Depois que o IML chegou os perícias colocaram o corpo no saco e depois o colocaram dentro no camburão. O que eu achei mais estranho até agora é que não chegou nenhum familiar da vítima para nós dar mais informações, olho mais para frente e vejo que estou próximo ao Complexo do Alemão.

Talvez a moça morasse lá ou o indivíduo era daquele Morro. São tantas dúvidas sobre isso, depois que o corpo foi levado Eu entrei na viatura policial junto com os meus companheiros de trabalho, seguimos para o 12ª DP - Copacabana.

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Entro na minha sala e me sento na poltrona de couro, suspiro fundo e encaro aquela papelada que estava em cima da mesa, logo alguém bate na porta e mando entrar. Vejo o Cristian com alguns papéis nas mãos, mando ele sentar e o mesmo me olha com um sorriso de lado.

Amor Fora Da LeiOnde histórias criam vida. Descubra agora