DEZ

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Wade


Quando não encontrei Rhea no quarto, o primeiro pensamento que cruzou a minha mente foi o de que a desgraçada escapulira pela janela. A fúria me tomou em cheio, o sangue acelerando em minhas veias, até que avistei a porta do banheiro fechada.

Enfiei o envelope de Dana na primeira gaveta da mesinha de cabeceira e fui até a porta. Testei a maçaneta, encontrando-a destrancada. Empurrei-a devagar e, pela fresta, pude ver cachos de cabelo vermelho pendendo na borda da porcelana branca da banheira.

Rhea tinha os olhos fechados, as mãos segurando os seios nus, e ali, apesar da maquiagem pesada, ela parecia frágil.

Fiquei onde estava, com a mão na maçaneta, sem tirar os olhos dela.

Ela acariciou os seios com delicadeza, e então seus dedos brincaram com os mamilos rosados.

Um sorriso leve e inesperado surgiu nos cantos dos lábios com vestígios de vermelho.

Levei a mão à minha boca, limpando o batom que também deveria estar nos meus.

Eu deveria ficar aliviado por ela não ter fugido?, perguntei-me, analisando a expressão dela. Não era a Rhea manipuladora e ardilosa que eu conhecia que estava ali.

Era uma mulher cansada e vulnerável.

E satisfeita, também.

Assisti uma das mãos dela descer até a boceta inchada enquanto a outra permanecia no mamilo ereto. Ela deslizou os dedos por entre os lábios rosados, eu pude ver através da pouca espuma e água, e brincou com o clitóris em movimentos de subida e descida. Eu queria puxá-la da água, cobrir aquela parte dela com a minha boca e meter a língua até o fundo. Queria chupá-la forte e arranhar as coxas dela com a minha barba por fazer, passando a língua para acalmar e provar toda a excitação que ela me desse.

Quando dei por mim, estava agarrando a barra da camiseta para despir-me, já excitado novamente. Mas parei a meio caminho quando percebi que as mãos de Rhea já não se mexiam, e que a cabeça dela tombava para trás, como se fosse pesada demais para que ela pudesse sustentá-la.

E ela agora dormia, não como o diabo que eu pensara mais cedo, mas como um anjo.



Wade e Rhea parecem sempre ter vivido nesse impasse, não é mesmo? Com a razão lhes dizendo para afastarem-se um do outro e alguma outra coisa implorando para não se afastarem. O que será que é melhor?

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