ONZE

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Rhea


Sentia-me envolver em um abraço quente, flutuando em uma imensidão de paz.

Paz? Sim, era isso mesmo. Uma imensidão de paz sem fim.

Era estranho, era raro. A essa altura, os pesadelos já deviam ter me alcançado, familiares, famintos pelo meu medo, obcecados pelas minhas lágrimas não derramadas.

Mas eles não vieram.

Algo suave deslizou pela lateral do meu rosto, desceu pelo meu maxilar e voltou a subir, alcançando os meus lábios e contornando-os.

Eu abri a boca, permitindo que aquele algo tão gentil continuasse a me envolver. De repente a sensação desapareceu, e logo voltou pela minha testa, pincelando sobre minhas sobrancelhas com delicadeza.

Abri meus olhos e deparei-me com Wade a me observar com intensidade. Seu olhar azul fixou-se no meu e escureceu, as pupilas dilatadas. Ele pairava sobre mim como se procurasse algo, como se estivesse tentando me desvendar.

Como se eu fosse um quebra-cabeça indesejado que ele não conseguia deixar de lado.

Foi então que me situei de onde estávamos.

Eu permanecia na mesma posição, na banheira, mas a água agora batia acima dos meus mamilos. Wade estava de joelhos entre as minhas pernas, as coxas servindo de apoio às minhas nádegas para que eu não escorregasse. Uma mão envolvia minha nuca, diminuindo o desconforto que teria sido ficar muito tempo recostada à porcelana, e a outra se afastava da minha testa.

Baixei os olhos, quebrando o contato tão íntimo e desconfortável, e olhei para baixo. Na posição em que Wade se encontrava, a água o cobria até a cintura, e eu podia ver a excitação dele. O pau apontava na minha direção como se não pudesse evitar.

E de fato não podia.

Perfeito, pensei, levando uma mão até ele e o envolvendo entre os dedos.

Tinha de transformar aquele momento de vulnerabilidade em algo que eu conhecesse.

Já.

– Pensei que você não voltaria nunca – murmurei, lambendo meus lábios e sentindo-os ressecados. Massageei o pênis dentro da água, deliciando-me com a pele acetinada e a dureza que ela cobria, e abri mais as minhas pernas, escorregando para a frente até que a ponta dele tocasse em meu clitóris. – Onde é que nós estávamos?



Pois é, Wade, onde é que nós estávamos mesmo?

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