TRINTA E UM

8.7K 715 35
                                    

Rhea


A pizza não estava nada mal. Depois daquela estranha cena na cozinha, empoleiramo-nos no sofá de couro na sala, um sofá que devia ser caríssimo como todas as coisas de Clayton, e fizemos nosso almoço tardio e improvisado em silêncio, acompanhados pelo barulho da chuva.

Para quem olhasse de fora, veria um casal curtindo um final de semana prolongado e romântico. Para nós, sabíamos que se fosse esse o caso, as coisas seriam muito mais simples.

– Quando você volta para a sua vida? – perguntei, lambendo o molho da pizza dos dedos. Estávamos comendo com a mão mesmo, pegando as fatias diretamente da caixa. – Vai ficar por aqui até eu resolver ir embora?

Wade balançou a cabeça enquanto pegava mais um pedaço.

– Prometi para a Dana que me livraria de você dentro de três dias.

Eu sorri e pisquei.

– Então ainda temos dois dias e meio? Excelente! Vamos poder transar como coelhos por toda a cabana.

Ele me fitou com os olhos estreitos.

– Já transamos como coelhos por toda a cabana.

Tentando me manter confortável em brincar com ele, estiquei um pé e o levei até a virilha de Wade, acariciando-o entre as pernas. Ele continuava excitado.

– Não fizemos nada indecente na cozinha ainda.

Ele agarrou minha panturrilha e levou o meu pé até a boca, plantando um beijo nele sem tirar os olhos dos meus.

– Vamos deixar a cozinha para um outro encontro.

– E no escritório que o Clayton tem aqui? – sugeri, apreciando a leve pressão que os dedos dele fazia ao massagear o meu pé. – Aquela cadeira me traz excelentes recordações.

Um brilho de irritação passou pelos olhos de Wade.

– Não sei quantas recordações você tem nela, nem se são tão doces como as minhas.

Abri a boca para dizer que nunca estive naquela cadeira, ou mesmo naquele escritório com ninguém mais. Mas então percebi que era melhor deixar assim.

– As suas são as mais doces, benzinho. Sempre serão as mais doces.

Wade continuou me encarando, analisando meu rosto com cuidado.

De repente, ele deixou a fatia que comia na caixa da pizza que estava sobre a mesinha e enganchou a mão por trás do meu joelho, puxando-me até me fazer escarranchar seu colo.

Ficamos cara a cara, e eu senti seu pau enorme pressionando a minha boceta.

Wade segurou meu rosto para o dele com as duas mãos.

– Encaremos os fatos, benzinho: estou começando a sentir ciúmes de você. E se continuarmos nesse ritmo, é melhor que você consiga se desprender daquelas cordas e fugir para bem longe, se esconder o melhor que possa.

Ele envolveu a minha nuca com a mão, deslizando o polegar na minha mandíbula enquanto passava os lábios pelos meus e acrescentava:

– Porque eu vou fazer toda a porra necessária para te encontrar. 



Não sei vocês, mas adoro quando a Rhea provoca e o Wade puxa as rédeas...

Se estiverem gostando, comentários, votos, adicionamentos nas listas e indicações são muito bem-vindos! Obrigada!

FUROROnde histórias criam vida. Descubra agora