QUATORZE

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Wade


Eu me sentia como se aquela mulher maldita houvesse extraído todos os líquidos do meu corpo.

Exausto e com o coração aos pulos, mantive-a escarranchada na minha perna até que os tremores e as nossas respirações se acalmassem.

Abri os olhos, forçando-me a enxergar apesar da neblina e atordoamento. O chão do banheiro estava alagado e até as toalhas de banho sob a prateleira da pia haviam sido respingadas. Tudo ao redor tinha gotinhas de água, mesmo o boxe de vidro e a tampa do sanitário.

Com um resmungo, apertei Rhea contra mim e me apoiei na borda da banheira, procurando equilíbrio e impulso para nos erguer.

Estávamos cobertos de porra e eu só queria alcançar a ducha, nos lavar e cair na cama. Foda, eu ia mesmo arriscar dormir perto daquela mulher?

A cabana contava com um quarto de hóspedes, então eu poderia trancá-la lá, mas também havia a alternativa de atá-la à cama ou jogá-la para fora. A última delas foi a que me fez sorrir.

– Deixe que eu consigo andar sozinha – disse ela, interrompendo minhas divagações ao tentar se desvencilhar dos meus braços assim que ficamos de pé. Eu ia largá-la e deixá-la cair de bunda na água, mas meu braço continuou onde estava, prendendo-a pela cintura.

Resmunguei e nos arrastei para fora da banheira. Na ducha, lavei o esperma dos nossos corpos e levei uma mão entre as pernas dela, pela simples vontade de continuar tocando-a. Rhea se encolheu, a boceta sensível, mas me deixou limpá-la.

Olhamo-nos por um longo momento, sob a água, sem dizer nada. O muro que mantínhamos um com o outro permanecia erguido, mas...

Sim, lá estava.

Era algo frágil que eu sempre encontrava naqueles olhos verdes após uma foda como aquela. Algo que só o sexo como o que tínhamos, imaginava eu, conseguia trazer à tona e me confundir. Eu não sabia identificar o que era, só percebia um... Porra, parecia uma intimidade, uma ligação entre estranhos que nem deveria existir.

Um pedido, mas eu não sabia qual.

Ela é manipuladora, seu otário. Não deixe que ela foda com a sua cabeça.

Furioso por perceber que era exatamente aquilo que estava acontecendo, desliguei a ducha, abrindo o box com força e agarrando uma das toalhas úmidas.

Sequei a nós dois com sem muito cuidado, e quando fomos para o quarto, a vadia engatinhou na cama e se deitou de costas. Com um sorriso, manteve os joelhos flexionados e abriu levemente as pernas, procurando meus olhos enquanto dava palmadinhas ao lado dela no colchão.

– Não sei se podemos repetir a dose de imediato, mas eu prometo te acordar com um boquete bem gostoso se você ficar.

Eu larguei a toalha de banho sobre o encosto de uma cadeira e circulei a cama, sem me preocupar em me vestir. A mochila que eu fizera às pressas com três mudas de roupa e itens básicos para ir até a cabana ainda se encontrava no meu SUV.

Abri a gaveta da mesinha, peguei o envelope e retirei as fotos que Dana imprimira. Joguei-as na cama, perto da mão manicurada, e perguntei, com uma calma fria:

– Me acordar com um boquete para quê? Para me por na porra da sua coleção?



E a realidade começa a bater à porta... Vamos ver o que acontece a partir de agora. Se estiverem gostando, deixem estrelinhas nos capítulos e adicionem em suas listas de leituras! Ficarei muito grata!

FUROROnde histórias criam vida. Descubra agora