CINQUENTA E DOIS

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Ainda na casa de Sarah


Sarah tentou morder o tecido do meu cachecol enquanto eu manipulava o corpo dela. De certo apertaria o meu pescoço com ele se não estivesse com as mãos impossibilitadas. Eu arranquei a porcaria e a joguei longe, mas continuei com o casaco, assim como com as luvas.

Não havia tempo, a ira e a dor da traição não me permitiam pensar no nosso conforto ou em artifícios para seduzi-la, a urgência me fazia focar apenas nela, em puni-la.

Massageei seus seios fartos e nus, os mamilos rosados endurecendo sob o meu toque. Então pensei que ela alimentaria o bebê de um estranho com eles e os apertei forte.

Ela gritou de dor.

– Pare!

– Você quer que eu pare? – repeti com um sorriso louco e um olhar selvagem. – Vamos ver... Não, eu não vou parar.

Voltei à maleta, agarrei alguns dos seus brinquedos e a partir daí usei o seu corpo como eu bem quis. Com força, sem piedade, atacando os pontos que eu saiba que a fariam perder a cabeça.

– Ele te faz isso? – perguntei, colocando-lhe grampos nos mamilos e os ajustando para uma maior pressão. Ela se agitou, gritou, mas por fim ficou quieta me encarando com ódio.

Olhei para baixo, admirando meu trabalho, mas recusei-me a chupar os bicos enrijecidos, o ciúme alçando voo ao imaginá-los na boca de outra pessoa.

Levei a mão entre suas pernas e minha luva ficou toda molhada com a excitação dela. Porra, aquela boceta era minha, somente minha.

Masturbei-a exatamente como Sarah gostava, até ouvi-la render-se para mim num longo gemido.

Inclinei-me sobre ela, cujos olhos estavam desfocados pelo prazer, e fitei seu rosto enquanto sussurrava:

– Ele sabe lhe dar prazer como você precisa? Ele conhece a mulher que só tem um orgasmo se for acompanhado da dor? – Ela se contorceu, gemendo em resposta. Eu respondi em seu lugar: – Acho que não. Você só lhe mostrou a superfície que todo mundo conhece. A santinha, a doce e recatada Sarah, a tímida, a sobrinha de tios rigorosamente religiosos e retrógrados, a...

– Pare! – gritou ela, tentando me chutar, ao que eu peguei outras duas algemas e lhe prendi os tornozelos nos pilares do final da cama.

– Ele te come nos lugares que você gosta? Forte e fundo do jeito que você precisa? – perguntei, e vi que ela se excitava ainda mais. Ninguém diria, mas aquela menina gostava da dor e das palavras sujas.

Era o nosso segredo.

Alcancei seu clitóris novamente e o estimulei. O couro macio da luva deslizava e circulava, molhado com sua excitação.

O olhar de Sarah se prendeu ao que eu fazia para ela.

Em seguida, penetrei-a com dois dedos, ao que ela gemeu o meu nome.

– Sim, é o meu nome que você tem que dizer, querida – sorri para ela, complacente.

E então usei mais alguns dos seus brinquedos.

Um chicote para acariciar e picar com dor as suas pernas e quadris. Um plug anal que fez sua boceta umedecer ainda mais diante dos meus olhos. E então um dos paus de silicone que ela tinha. Merda, eu sabia que ela me traia com eles quando estava sozinha, mas precisava ir atrás da porra de um pau de verdade por aí?

– Sente o que eu faço por você? – perguntei. – Sente como é gostoso estar comigo?

Eu a penetrei, centímetro a centímetro, e ela girou os quadris sem conseguir resistir ao meu toque.

Então eu retirei o pau e o enfiei nela de novo, profundamente, num único movimento forte. Ela gritou, adorando a dor misturada ao prazer.

– Sim, isso mesmo, eu sei que você gosta assim – disse-lhe eu, de joelhos na cama, ainda sem me despir. – Só que agora você carrega um filho, Sarah. Um bebê gerado numa traição. – Eu a golpeei forte entre as pernas com o pau de borracha, ouvindo-a gritar de dor. – Um bebê que você ousou querer sozinha, para uma vida longe de mim, porque você é uma vadia!

Arremeti com força contra ela, adorando seus gritos. Os gritos que haviam na minha cabeça e que agora eu também deixava passar pela minha garganta e irromper no quarto.

Nós enlouquecíamos com nossa dor.

Nós chorávamos por nosso amor.

Nós abraçávamos o maldito furor.

De repente, a faca que eu usei nas roupas dela estava na minha mão, e eu apunhalava Sarah no ventre, manchando-nos com seu sangue, com sua traição, com o esperma do filho da puta que ousou macular a mulher que era minha.



É, graças à obsessão doentia de alguém uma mulher jovem e seu bebê pagaram um preço muito alto. Vamos ver o que vem por aí, vamos entender um pouquinho mais a Rhea.

Obs.: ontem não aparecia a opção de "novo capítulo" em Furor, e em Sombras só dois dos cinco capítulos que postei apareceram. Deixei até recado nos comentários do capítulo anterior sobre isso, porque nem no mural o Wattpad não me permitiu escrever. ¬¬

Beijos da Ary.

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