SETENTA E SEIS

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Espero ter conseguido trazer o capítulo hot hot hot conforme a ellymarias pediu. :D Boa leitura, queridos!


Rhea


Wade me carregou nos seus braços até o quarto. No caminho, envolvi seu pescoço e busquei sua boca. Explorei-a com a língua, deliciando-me com o sabor adocicado da sobremesa. Ele me deixou beijá-lo com gana, aceitou a exigência da posse sem protestar. E então, senti-o se inclinando e me depositando sobre os lençóis macios da cama que eu havia preparado para aquela noite.

Ainda tentei prendê-lo pelo pescoço, mas Wade afastou nossos lábios e meus braços. Ele olhou o meu rosto, e então levou cada uma das minhas mãos até a sua boca, beijando-lhes suavemente os dedos. A seguir foram os dorsos e as palmas, e por fim os pulsos. Sua língua se revezava ao pincelar a minha pele com suavidade, e seus olhos acompanhavam a minha resposta a cada um dos seus beijos.

Suspirei, deliciada. Fascinava-me a delicadeza com que ele me tratava. Wade estava enganado se pensava que o sexo entre nós seria somente assim a partir de agora neste "recomeçar do zero", mas eu admitia que esta versão dele estava tocando fundo em meu coração.

E em minha alma.

A luz que nos iluminava era a que vinha da sala pela porta aberta. Ela produzia a exata claridade que precisávamos, e ainda assim mantinha a intimidade. A música continuava a tocar baixinho, agora na voz de Diana Krall.

Vamos nos apaixonar

Por que não nos apaixonar?

Agora é a hora, enquanto somos jovens

Vamos nos apaixonar

Wade deixou minhas mãos e concentrou-se no meu rosto. Distribuiu beijos leves na minha testa, nos meus olhos, no meu nariz e bochechas. Mordiscou meu queixo de leve, e depois seguiu pela linha do maxilar até a minha orelha.

Ali, sussurrou:

— Nunca fui tão bruto na cama com qualquer outra mulher como já fui com você. Também nunca fui tão cuidadoso como serei a partir de hoje. Você é a única que teve o pior de mim, meu amor, mas também será a única a ter o melhor.

Aquelas palavras fizeram meus olhos arderem. Eu os fechei, sabendo que não conseguiria dizer nada naquele momento.

Wade me deixou absorver sua declaração em silêncio, e aproveitou para se afastar e agachar à minha frente. Apoiando-se num joelho, ocupou-se de retirar minhas sandálias.

A cada toque suave, um estremecimento.

A cada beijo terno, maior o anseio.

Fechei meus olhos quando senti sua boca em meu pé descalço. Foi subindo os lábios e as mãos pelo meu tornozelo, panturrilha e joelho, provocando-me calor e arrepios. Depois, fez o mesmo com o outro pé, dando a mesma atenção e dedicação ao percurso até o outro joelho e o caminho adiante.

Intercalou carinhos na parte interna das minhas coxas. Estava tão compenetrado em sua tarefa que só de olhá-lo eu me excitava.

Era como se ele continuasse degustando a sobremesa após o jantar, pretendendo repeti-la e repeti-la noite adentro, insaciável.

E talvez fosse mesmo essa a sua intenção, considerando que era isso o que ele sussurrava contra minha pele entre seus beijos.

Passei os dedos por seu cabelo, completamente rendida ao que ele fazia comigo. Wade encaixou seus braços por baixo das minhas pernas, puxando-me até que fiquei na beirada da cama e elas descansaram sobre seus ombros, abertas para ele.

FUROROnde histórias criam vida. Descubra agora