>>Número desconhecido
Gostaria de falar com vocês no intervalo, no banheiro do primeiro andar.
Lívia.A primeira coisa que Mona pensou quando recebeu a mensagem foi com Lívia havia conseguido seu número, mas não importava, foi bom ela ter marcado de se encontrarem, pois ela precisava contar da mensagem que recebeu de Angelina na sexta-feira.
— Ramona, guarde o celular. — o professor pediu, enquanto fechava a porta para iniciar a aula.
Celina ainda não havia chegado, o que era estranho, pois era aula de física moderna.
Enquanto isso, Marjorie tentava, com dedicação, entender o que sua professora de literatura dizia. O dever de casa que ela havia passado sobre Trovadorismo foi de matar. Ela passou horas no computador e acabou dormindo com a cara no livro, mas tinha feito, mesmo que errado, lá estava a droga da atividade.
— Bom, sobre o seminário que passei na aula passada, quero grupos de cinco pessoas.
Marjorie definitivamente odiava trabalhos em grupo, e não iria ficar com as garotas de cabelos pintados e unhas grandes.
Um garoto, que ela deduziu não ter penteado os cabelos naquele dia, a chamou sutilmente.
— Você quer ficar no meu grupo?
Vale olhou, e viu uma garota de linda pele negra e cabelos cacheados, um garoto que parecia muito ser de origem asiática e outro que era consideravelmente grande demais para a sua idade esperando sua resposta.
Ela achou que era o grupo perfeito.
— Claro. Só me deem um minuto que preciso ir ao banheiro.
Ela pediu permissão a professora e se dirigiu ao banheiro mais próximo, porém, à sua frente, havia um grupo de meninos do terceiro ano que provavelmente estavam matando aula conversando no corredor. Ao se aproximar, reconheceu um rosto: Dante.
Ela abaixou a cabeça e se desviou do grupo, apressando os passos, mas sentiu outros passos se aproximando. Ela andou ainda mais rápido.
— Marjorie... espere.
— Não.
Ele correu e a puxou pelo braço delicadamente. O banheiro nunca pareceu tão longe.
— Deixe eu explicar o que...
— Explicar o quê, Dante? Não tem o que explicar. Você errou feio, e pelo visto, não tem como voltar atrás.
— Eu estava bêbado, e foi um truque da Angelina, não quis te causar aquilo. — ele parecia sincero, mas, Marjorie não estava nem aí. Queria esganá-lo.
— Mas você sabe que causou. Do que serve esta conversa? Se arrepender não vai fazer aquela publicação no blog de Angelina se deletar sozinha. — sua voz estava ficando embargada do choro. — Não sou este tipo de garota, Dante. Não vai conseguir minha amizade, nem confiança, nem nada. Não tínhamos nada antes, e não teremos agora.
— Me perdoe, gostei mesmo de você.
— Como ainda se atreve a ser tão babaca a ponto de dizer isso? Não acredito, e mesmo que acreditasse, não me importaria. É decepcionante alguém como você ser fantoche de uma garota tão medíocre como ela. Talvez você goste dela e não de mim. Então, por favor — ela disse, o rosto já molhado de lágrimas — nunca mais fale comigo. Você não é nada pra mim.
Ele abaixou a cabeça e ela saiu, chorando. Estava tomada pela raiva, mas também pela tristeza.
Então foi ao banheiro, se recompôs, e quando voltou, Dante não estava mais lá.
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Garotas e Segredos
Roman pour AdolescentsA vida de quatro garotas se cruzam e elas possuem algo em comum: são alvos de Angelina, uma garota que adora fazer jogos e criar rivalidade. Para o azar delas, uma noite revira tudo de cabeça para baixo e uma série de acontecimentos estranhos começa...