Capítulo 33: Siga o plano

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— Está atrasada. — Celina disse, assim Ramona chegou com Lívia no carro.

— Desculpe, não é todo dia que acordo às quatro da manhã. — ela responde com sarcasmo.

Ela e Marjorie entraram no carro no banco de trás e seguiram para o plano.

— Arthur me mandou o endereço. — Celina disse, tirando um papel do bolso. — Hotel Monte Castelo, quarto 221.

— Mal posso esperar. — Marjorie sussurrou.

O hotel era velho e fedia a mofo

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O hotel era velho e fedia a mofo. Elas não podiam acreditar que alguém como Angelina poderia estar em um lugar como aquele, mas, mediante aos últimos acontecimentos na vida daquelas quatro garotas, nada do que viam as surpreendiam mais.

Marjorie, apressadamente, andou na frente procurando pela porta 221, e quando a encontrou, não hesitou em batê-la.

Como em filme de terror, a porta abriu lentamente, com um ruído significando que também era velha como o local. Mas ninguém apareceu atrás dela, e Marjorie decidiu entrar.

— Espera, Marjorie! Não vai emburacando desse jeito. — Celina alertou, sussurrando.

Marjorie ignorou seu comentário, e assim que entrou, verificou atrás da porta e a escancarou. Procurou por algum objeto, acabando por encostar uma cadeira na porta. Já havia visto muitos filmes para não ser estúpida a ponto de deixar a porta fácil de fechar e acabar trancada naquele lugar.

As outras acompanharam a ruiva. Ficaram um breve momento olhando o quarto, que estava arrumado e não tinha nada que dissesse que Angelina estava lá. A vaca era esperta.

— Angelina? — Lívia chamou-a, mesmo parecendo estarem sozinhas.

Segundos depois, uma pequena porta lateral se abriu, mostrando os cabelos agora castanhos e mais curtos, na altura da clavícula, de Angelina Rivaldi.

Finalmente.

Mas aquela não era a Angelina que conheciam. Seu olhar estava cansado e seus ombros curvados, seus lábios ressecados e sua pele não tinha o mesmo brilho. Era o fundo do poço de Angelina Rivaldi.

Ela terminou de sair totalmente do banheiro. Suas mãos seguravam uma barra de metal, que assustadoramente, faria um estrago se acertasse alguém. Ela colocou a barra na cama, e se aproximou um pouco das meninas, que olhavam fixamente para ela, ainda incrédulas de que realmente estavam diante da garota desaparecida.

— Você parece bem. — Celina conseguiu dizer.

— É. — ela esboçou um sorriso fraco. — Alguém seguiu vocês?

— Como assim, quem nos seguiria? — Lívia perguntou, agora assustada com esse detalhe. — De quem você está falando? A pessoa que ia te encontrar naquela noite?

Angelina relaxou os ombros, cedendo.

— Sim. Ninguém pode ter seguido vocês, senão, nosso plano já era.

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