Capítulo 14

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Estava limpando a igreja com a Briana, Marta foi severa e nos mandou todo dia, varrer, passar pano e tirar a poeira de tudo que tivesse no local. Ainda, diminuiu o nosso tempo de almoço e nos tirou todos os nossos intervalos livres. Foi praticamente um mês de muito trabalho, ainda bem que hoje era o último dia.

A cada segundo que passava, minha vontade era de voar no pescoço da Briana e lhe encher de tapas. Como ela pôde insinuar aquilo diante de praticamente todas as freiras do convento? Eu sei que as freiras ainda comentam de mim, e desse ocorrido.

Depois que eu terminei o meu trabalho, fui tomar banho, jantar, e depois, como de costume, Rute esperou nos vestimos para dormir e foi embora após desejar uma boa noite. Sentamos na cama da Bel, e ligamos o único abajur fraco do quarto.

-Ainda bem que meu castigo acabou! – eu disse aliviada – Não aguentava mais ouvir as piadinhas da Briana.

-Ela mereceu a surra que levou – Bel disse gloriosa – Essa é minha garota! – Bel riu e nós duas batemos nossas mãos (high five).

-Peço a Deus todas as noites que ele dê juízo a vocês três – Beth falou normalmente – Somos todas irmãs e devemos...

-Sem essa Beth – Bel disse a interrompendo – Chega de moralismo, já ouvi isso demais durante o dia – Bel fez uma pausa – Vou devia se libertar mais, acho que toda essa história de santidade e castidade não lhe faz bem.

-Está dizendo que agir corretamente está me deixando mal? – Beth questionou cética.

-Estou! – Bel disse simplesmente – Tudo de mais é sobra, inclusive limites – Bel disse e olhou para mim, praticamente jogando na minha cara que aquilo foi indireta.

-Acho que tem gente precisando de limites aqui também – eu disse rebatendo e Beth levantou a mão e eu bati na mão dela, e ambas rimos.

-Isso é um complô? – Bel disse tentando parecer séria, mas acabou rindo também – Bel fez uma pausa até pararmos de rir – O que acham de uma aventura no próximo final de semana?

-Aventura? – Beth perguntou curiosa e eu fiz a mesma expressão.

-John chamou a gente para uma boate, vai ser uma das festas mais esperadas do ano – Bel falou animada.

-Você ficou maluca? – eu disse rindo da animação dela – Não podemos sair do convento, imagina ir para uma boate.

-Quem disse que as pessoas vão saber? – Bel disse sorrindo – Já conversei com o John e já bolamos um esquema de fuga, incluindo nós cinco.

-Cinco? – Beth perguntou normalmente.

-Eu, a (s/n), você, o John e o Jungkook – Bel disse como se fosse óbvio.

-Eu não vou para uma boate! – Beth falou irredutível.

-Lógico que vai! – Bel falou determinada – Pare de ser certinha, pelo menos uma vez na vida, e tenha boas recordações da sua juventude, ao invés de só rezar e jejuar.

-O Jungkook aceitou ir? – eu disse curiosa.

-Provavelmente sim, pelo menos foi isso que o John deu a entender – Bel falou como se lembrasse das palavras do John – Você vai né (s/n)? Não se torne a santa e pura Beth – ela disse olhando para Beth e ela revirou os olhos.

-Pode ser legal afinal, conhecer uma boate de verdade – eu falei dando uma pequena pausa – E não só imaginar as coisas pelo que a Cinthia dizia.

-Sinto falta dela! – Bel disse nostálgica – Queria que coisas tivessem acabado bem para ela.

-A Cinthia era doidinha – Beth sorriu só de lembrar.

-Faça isso por ela – Bel falou olhando para Beth – Se divirta apenas essa noite por ela – Bel fez uma pausa – Isso vale para você também (s/n) – ela disse me olhando.

Continua...

Meu Maior Pecado (Imagine Jungkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora