Capítulo 18

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Já havia se passado três meses desde a boate, nada mudou muito.

Já estava de madrugada, quando ouço a porta do quarto abrir, após observar discretamente quem entrava no quarto, vi o rosto do Kook e levantei da cama imediatamente.

-O que está fazendo aqui? – eu falei baixo e me aproximei dele.

-O que acha de um passeio? – Kook disse passando a mão nos meus cabelos – Estava com saudade de um tempo só nosso – Kook me deu um selinho.

-Tudo bem, só deixa eu pegar um hobby – eu fiz uma pausa – Está frio lá fora!

- ... – Kook apenas assentiu com a cabeça e ficou esperando eu me vestir.

Saímos do quarto em silêncio e quando chegamos até o campo do convento, olhamos para todos os cantos para conferir se não tinha ninguém.

-Para onde vamos? – eu disse olhando para ele.

-Pensei em a gente ficar aqui mesmo, olhar as estrelas deitados na grama... – Kook disse olhando as estrelas e depois olhou para mim.

- ... – eu apenas sorri e acompanhei o Kook até um canto mais escuro, onde eu deitei no seu peito e ele deitou na grama.

O tempo estava frio, então eu me aconcheguei mais no Kook e ele me apertou mais forte, o que me fez me sentir mais segura.

-Ainda lembra como nos conhecemos? – ele perguntou passando as mãos no meu cabelo, me fazendo um cafuné.

-Claro que eu lembro! – eu disse sorrindo – Quando eu tinha sete anos sua mãe começou a te trazer todos os dias com ela.

-Até a gente começar a crescer, e a Madre Marta nos separar... – Kook disse ainda fazendo o cafuné em mim.

-Acho que não deu muito certo! – eu ri e ele riu também, depois ficamos alguns segundos em silêncio, apenas olhando as estrelas e aproveitando o momento.

-Você se lembra do que aconteceu na boate? De tudo? – Kook falou, e eu corei só de imaginar no que eu tinha feito.

-Err... Não muito... – eu disse olhando para o lado.

Kook levantou repentinamente, me fazendo deitar de vez na grama.

-Tem certeza que não se lembra de tudo? – Kook disse ficando por cima de mim, fazendo meu coração acelerar.

-Eu bebi um pouco? – eu disse sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha.

-Só fez isso? – Kook disse tão perto do meu rosto que pude sentir sua respiração.

-Talvez eu tenha dançando...? – eu disse olhando para o lado e ele sorriu maliciosamente.

-Isso era tudo que eu queria ouvir – Kook disse saindo de cima de mim, me fazendo ficar insatisfeita por dentro, "que vergonha de mim mesma" – eu pensei.

-Como assim, isso era tudo que você queria ouvir? – eu disse ficando semideitada.

-Isso significa que fez aquilo sóbria – Kook disse me olhando e eu apenas olhei para o lado, tentando disfarçar a minha vergonha.

Começou a chover, e assim que Kook levantou, ele me ajudou a me levantar também. Corremos em direção para dentro do convento e antes de entramos, Kook me segurou e me beijou, e só paramos por falta de ar. "Maldita falta de ar..." – eu pensei e minhas bochechas coraram só com esse pensamento. Desde quando meus pensamentos estão tão impuros assim?

Após outro beijo e de nos despedirmos, subi para o meu quarto, no maior silêncio possível e quando entrei no quarto, ouvi um choro baixinho vindo do banheiro. Olhei para a cama de Beth e ela estava lá, olhei para cama de Bel e ela estava vazia. Andei até o banheiro e quando entrei lá, Bel estava chorando com a cabeça entre os joelhos, me abaixei imediatamente e toquei nela.

-O que aconteceu? – eu perguntei preocupada e ela me entregou uma coisa que só depois de olhar bem, eu identifiquei o que era.

-Isso é um teste de gravidez? – eu disse espantada, enquanto olhava para os dois tracinhos presentes nele.

Continua...


Meu Maior Pecado (Imagine Jungkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora