Capítulo 8

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Capítulo 8 - jantar e pedido

Melanie

Finalmente chegamos ao enorme hotel que sediaria o jantar de negócios. Felipe e eu fizemos o caminho inteiro com ele me contando a respeito de seus clientes e dos demais que iriam. Ele também disse que, mesmo tentando convencer o pai, Chris estaria presente no jantar. Tentei não deixar isso me abalar muito, embora tenha mexido com meu psicológico.

Assim que saímos do carro, flashes de alguns fotógrafos contratados nos receberam. As luzes incomodaram meus olhos e alguns dos repórteres questionaram meu relacionamento com Felipe, que apenas sorriu e abraçou minha cintura de lado. Eu apenas o acompanhei, dando aos paparazzis meu melhor sorriso.

O belo tapete que ia da entrada de fora até dentro do hotel era do tom mais escuro de vermelho. Fizemos o caminho até o hall do hotel de mãos dadas, ainda distribuindo sorrisos para as câmeras.

— Por que não disse a eles que estamos juntos? — murmuro. — Pense no choque deles quando você me pedir em casamento — completo.

Ele contém uma gargalhada, percebo pois seu sorriso se alarga.

— Que bom. Gosto de surpreender os outros — devolve.

Dentro do enorme salão de festas, mesas redondas encobertas por pano creme estão dispostas, cada uma com um arranjo floral no meio. Há um pequeno palco no extremo oposto da entrada, onde uma banda anima os convidados. A iluminação é quase fraca, mas Felipe disse que dá um quê de chiqueza para o jantar de negócios.

Jantar.

Estranho o fato de que um jantar – de negócios – seja tão refinado e com tantos detalhes. Como diabos alguém fará negócio nesse lugar, sendo que a única vontade que dá ao entrar no salão é comer e depois dançar na pista disposta na frente do palco?

Duas pessoas param a mim e a Felipe, a fim de nos cumprimentar. São dois homens – os dois são loiros –, ambos de terno e gravata e são bonitos. Aparentam ter a idade de Lipe – 28 anos.

— E aí? Não vai apresentar? — o que está na direita fala para meu noivo, apontando com o queixo na minha direção.

Sinto o aperto forte de Felipe na minha mão, embora sua postura e feição permaneçam relaxadas e tranquilas.

— Está é Melanie — passa o braço por minha cintura. Eu abro um sorriso para o estranho. — Mel, esses são Rodrigo e Marcos D'Ávila, filhos de Johnatan D'Ávila.

Lembro-me dele ter mencionado Johnatan D'Ávila no carro. É um importante cliente que possui uma firma de tecnologia. Ou seja, tenho que ser simpática tanto com o poderoso-chefão quanto com suas crias.

— É um prazer conhecê-la, Melanie.

Rodrigo estende sua mão para mim, a qual aceito. Ele deposita um beijo nela, me fazendo corar. Seus incríveis olhos azuis – ou seriam verdes? Eu sinceramente não consigo distinguir – não deixam os meus conforme um sorriso presunçoso se abre na sua boca. Desvio o olhar, fitando o segundo irmão, que repete o mesmo processo.

— Sua acompanhante é linda, Felipe — Marcos destaca, mas seus olhos estão em mim, mesmo que tenha dito a frase para meu noivo.

— Tem razão — Lipe concorda. — Minha namorada é linda.

Rubor cobre minhas bochechas pelo tom possessivo, e tento fingir que estou acostumada com isso.

— Namorada? Desde quando?

Antes que qualquer um de nós dois pudéssemos responder a pergunta de Marcos, Henry — pai de Felipe — aparece com um homem ao seu lado.

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