Capítulo 31

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*EU NÃO TIVE TEMPO DE REVISAR, ENTÃO PERDOEM OS ERROS GRAMATICAIS E ORTOGRÁFICOS🙈*

~MELANIE

— Eu não sei. Você parecia envolvida demais com aqueles dois — Felipe responde, após alguns minutos de silêncio. — Eu não queria parecer um intrometido que não respeita seus sentimentos.

— Mas então você não respeitou os seus sentimentos — concluo, começando a comer a panqueca, porque, minha santa, eu fico morrendo de fome depois do sexo.

— Eu pensei que talvez pudesse desapaixonar— dá de ombros, como se negligenciar os próprios sentimentos não fosse nada. — Mas eu estava errado.

— Se desapaixonar? — franzo o cenho, logo em seguida rindo. — Como isso é possível?

— Ficando com outras pessoas.

Meu riso morre na hora. Por que ele tinha que ter tocado no assunto de ficar com outras pessoas?

Felipe sempre foi muito discreto com suas amantes, eu nem percebia direito quando ele ficava com alguém, porque nada saía da sua boca a respeito disso e, nas vezes que saímos juntos para baladas e bares antes do lance da proposta, ele não ficava com ninguém.

Repito: ninguém.

Então, é claro que é um pouco desanimador ouvi-lo falar que ficou com outras pessoas, e o pior: para tentar me esquecer.

Só agradeço a Deus pelo plano dele falhar repetidamente ao longo dos anos.

— Que bom que não desapaixonou, né? — mostro um sorriso meio forçado, sentindo meu coração martelar quando ouço o som gostoso da sua risada.

— Você gosta, né? — provoca, tomando um gole do suco de laranja.

— Gosto — afirmo, mesmo sem saber do que ele está falando. — Mas do que mesmo?

— Gosta de saber que eu estive sempre apaixonado demais por você para querer levar a sério qualquer outro relacionamento.

Não contenho o sorriso no meu rosto e limpo meus lábios com o guardanapo antes de levantar e ir até ele.

— Gosto, é revigorante para minha autoestima — brinco, sentando no colo dele, que passa um braço na minha cintura, mantendo-me colada no seu corpo.

O que era pra ser um gesto de carinho acabou sendo nossa segunda rodada de sexo.

Tudo bem, porque acabamos na cama do quarto de Felipe, nus, suados e ofegantes.

— É sério — tento falar, quase gaguejando com o prazer em que meu corpo ainda se encontrava. — A gente precisa resolver a parada da empresa.

— Você quer reatar, é isso?

— A princípio eu apenas iria propor um novo acordo, mas depois do que aconteceu hoje — aponto entre nós dois, referindo-me à nossa entrega mútua — acho que podemos simplesmente ser um casal, sem contrato e proposta nenhuma nos prendendo. Aposto que resolveria o lance do mundo dos negócios.

Nós trocamos um olhar intenso demais para ser colocado em palavras, mas extremamente significativo para nós dois. Foi como se nos comunicássemos sem pronunciar nada, apenas olhando nos olhos um do outro.

— Eu ainda tenho medo de que te aconteça algo, linda — confessa, fechando os olhos, quase como se lembrasse do meu sequestro e de como eu voltei dele. — É doloroso, Mel, ver você se machucando. É mais doloroso ainda saber que parte da culpa é minha. Eu sei que esse discurso tá repetitivo, mas tem uma coisa que eu não te contei — vira o rosto e me olha. — Eu tenho certeza de que você não vai querer nem olhar pra minha cara depois disso — o tom magoado e triste acaba comigo e, antes de Felipe falar o que quer que seja, eu deslizo até me aninhar no seu corpo quente e suado.

Nada, absolutamente nada do que ele me disser vai ter esse efeito negativo.

— Pode falar — peço, passeando minha mão por sua barriga, num carinho lento para o confortar.

— Aquele dia que você desmaiou e foi parar no hospital — começa, esperando alguma reação minha, que vem como um aceno afirmativo. — Eu menti quando disse que nossa conversa foi normal.

Fico um pouco tensa, levando minha mente para o dia horroroso que acordei no hospital.

— Você lembra o que a médica disse?

— Que eu tive uma crise de nervosismo que influenciou na lesão do chute que eu recebi — respondo, franzindo o cenho.

— Então, fui eu que te deixei nervosa — revela, apertando-me inconscientemente no seu abraço. — Você ficou com ciúmes da Amélia e, em vez de te tranquilizar, eu acabei colocando mais lenha na fogueira, dizendo que você é muito ciumenta. Desculpa, Mel, de verdade.

Fico um pouco surpresa, porque eu definitivamente não sou assim. Eu tenho ciúmes, sim, mas a questão é que é quase impossível eu ter desmaiado por causa disso.

— Lipe, eu tenho certeza que foi por algum outro motivo, tá? — olho pra ele, para que veja a verdade em meus olhos. — Eu jamais fico com tanto nervosismo assim por causa de ciúmes. Você acredita em mim?

— Se não foi isso, foi o quê, então? — retruca, com uma ansiedade fofa nos olhos.

— Eu não lembro bem, mas eu tenho certeza de que tive outra razão, ok? — é claro que eu não tenho certeza, mas se isso for o suficiente para que Felipe não se sinta culpado, então eu não vejo problema em uma mentirinha inocente. — Esquece isso — peço, dando um beijo nos seus lábios.

— Mel — chama, parecendo ansioso. — Foi por outro motivo mesmo? Eu... eu não tive culpa?

— Já disse que não, fica tranquilo — sorrio, acariciando seu rosto com uma das mãos. — Agora vamos tomar banho, né? Precisamos tirar esse suor pós-sexo.

— Tudo bem — responde, completamente aliviado e me dá um abraço forte e gostoso, um que eu não tenho vontade nenhuma de sair. — Você vai primeiro? — pergunta, referindo-se ao banho.

— Eu acho que nós economizaríamos água se fôssemos nós dois juntos. Precisamos ajudar o meio-ambiente — sugiro, fingindo uma inocência digna de um Oscar.

Felipe ri, claramente entendendo minhas intenções.

— Que moça preocupada com as gerações futuras. Mas tudo bem, vamos lá economizar água tomando banho nós dois juntos.

Eu sorrio para ele, ainda no teatro de que quero que tomemos banho juntos para economizar água.

Balela, mas funcionou muito bem.

Nós vamos para o chuveiro e ligamos a água de modo que ela fique morna. Assim que o jato de água começou a cair sobre nós, eu abaixei meus olhos, fitando diretamente o membro semi-ereto de Felipe.

A visão me faz salivar e, diante do meu olhar guloso, seu pau endureceu ainda mais.

— Melanie — diz, numa repreensão falsa. 

Voltei meu olhar para o seu e pedi:

— Posso me ajoelhar? É só pra eu testar uma coisa — seguro no seu comprimento, mexendo minha mão pra cima e pra baixo, às vezes o apertando.

Seu ofego sai assim que percebe o que eu quero dizer com isso.

— Mel...

— Vou entender como um sim — me ajoelho e, sem esperar mais um segundo, coloco-o na boca.

No fim, nós gastamos mais água do que o recomendável, mas eu não reclamei, porque minha boca estava deliciosamente preenchida. Felipe tampouco fez alguma objeção, a única coisa que saia da boca dele eram pequenos gemidos, que, juntamente ao boquete que eu estava fazendo, excitaram-me tanto que foi inevitável não levar uma mão para minha intimidade.

Quando nós chegamos ao ápice, nos recompusemos e rumamos para a sala, já vestidos com roupas de ficar em casa e comigo nas costas dele, grudada feito coala, com meus braços e pernas abraçando-o enquanto deixávamos risadas e gargalhadas escaparem de nossas bocas pela situação.

Já deitados no sofá, eu perguntei para ele, porque Felipe ainda não tinha me dado nenhuma resposta:

— Então... nós estamos namorando de novo?

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