Último Capítulo

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MELANIE

Eu finalmente terminei meu curso de administração, depois de longos 18 meses estudando, estudando e estudando mais ainda.

Era maravilhoso ver o resultado do meu trabalho duro, do meu esforço ao longo dos meses que eu passei aprendendo. Apesar de ser a única herdeira, eu mostrei e provei a todos que eu era muito capaz de assumir os negócios de meu pai. Para isso, ele permetiu que eu passasse por estágios na empresa, começando desde baixo, fazendo com que eu aprendesse muito mais do que o meu curso oferecia.

Era ótimo para mim, mas também era maravilhoso para meu pai e para a empresa. Seria um tiro no pé se meu pai apenas me colocasse para administrar uma empreendedora daquele tamanho sem a mínima experiência e sem a devida formação.

Eu estava muito orgulhosa.

Porém, além de mim mesma, quem estava muito orgulhoso era meu namorado. Felipe ficou muito feliz por mim, por eu ter realmente gostado de administração depois de negligenciá-la tantas vezes no passado.

Felipe ficou tão feliz que resolveu me levar em um restaurante chique na cidade. Eu não ia reclamar e nem recusar, afinal é estranho recusar comida.

Eu sugeri que Estela e Alexandre fossem conosco, uma vez que eles estavam comemorando um ano de namoro, mas Felipe descartou a ideia, alegando que os dois deveriam comemorar sozinhos. Sim, os dois demoraram muito com a lenga-lenga de ficantes fixos, mas depois de ciúmes e amadurecimento por parte dos dois, Estela foi mais rápida e pediu Alexandre em namoro no mesmo dia que ele a pediria.

Foi um pedido bonito e muito inesperado, mas que fez os dois ficarem muito felizes.

Depois, eu sugeri que Theo e Yuri — namorado de Theo depois de longos meses de idas e vindas — fossem conosco para nos divertirmos. Da mesma forma que ele recusou o outro casal, meu namorado negou que qualquer outra pessoa fosse com a gente para fazer companhia.

Estranhei, afinal não era tão importante assim para ser apenas uma comemoração nossa, no entanto eu permaneci de boca fechada a respeito disso e não reclamei quando nós percorríamos a caminho do restaurante caríssimo que iríamos comemorar e jantar.

Assim que chegamos, fomos encaminhados até uma mesa que estava disposta no meio das demais.

Eu não deixei de reparar na pequena banda que tocava músicas calmas e harmoniosas para entreter todos que estavam ali. Também não deixei de reparar na decoração vitoriana que parecia encaixar-se perfeitamente com o clima musical.

— Vocês querem alguma coisa para agora? — o rapaz que nos acompanhou perguntou, sorrindo amigável.

— Não, obrigado. Você quer alguma coisa, Mel?

— Por enquanto não — dei um sorriso para o moço, que logo retirou-se e voltou ao seu lugar na entrada do estabelecimento.

— E então? Eu posso saber o motivo de ser apenas nós dois?

— Você realmente queria mais alguém além de mim aqui? — arqueou a sobrancelha, numa ironia sútil e ardilosa, até mesmo brincalhona.

— Eu não disse isso! — retruquei, fingindo-me de ofendida, o que levou nós dois a rir. — Não que você não seja o suficiente, você até que dá para o gasto — brinquei, com um sorriso ladino no rosto. — Mas você foi muito persuasivo quando recusou todas as pessoas que sugeri.

— Eu queria privacidade — comentou, vago, e logo em seguida abriu o cardápio.

— Privacidade para o quê? Não me diga que vamos transar em público!

Proposta TentadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora