Capítulo 20

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Capítulo 20 - de volta ao trabalho

FELIPE

Tanto eu quanto meus irmãos, Alexandre e Mel paralisamos ao ver a arma apontada em nossa direção.

Minha noiva começou a tremer incontrolavelmente no meu colo, obrigando-me a colocá-la no chão novamente.

— Sabe, se quer um serviço bem feito, faça você mesmo — o estranho debochou olhando para Mel.

Rapidamente me coloquei à frente dela, tirando-a da mira do homem.

— O que quer? — ouso perguntar, enquanto observo os outros três com as mãos levantadas e os rostos pálidos e assustados. — Dinheiro?

— Era exatamente isso que eu queria, Guettman. Mas sua noiva me desafiou demais, dando uma de espertinha. Não gosto de pessoas assim — comenta, ainda sem abaixar a arma. — Eu queria o dinheiro, Felipe. Mel era o baú de ouro, mas ela fugiu e fez meus homens de palhaços.

— Onde quer chegar com isso? — Chris questiona devagar.

— Eu só quero enfiar uma bala no crânio da doce Mel — dá um sorriso malicioso. — Pode ser no coração também. Diga-me, Mel, onde você prefere?

Meu coração acelera desesperado. Matar a Mel?

Ela não pode morrer.

Eu não posso ficar sem ela.

Eu não quero ficar sem ela.

— Escolha! — brada, dando um tiro para o alto.

Mel grita e chora ao ouvir o som do disparo, e esconde o rosto no meu pescoço.

De repente, a porta de casa é aberta e meu pai aparece nela, olhando chocado para a cena. Enquanto isso, meu cérebro trava uma batalha silenciosa de como eu devo proceder.

Tiro Mel daqui? Negocio com o filho da puta? Luto pela arma com o sujeito?

O bandido olha na direção de meu pai e sorri ainda mais, virando completamente o corpo para Henry e apontando a arma para ele.

Péssimo movimento, pois Alexandre e Christofer avançam silenciosos e rápidos na direção dele, e derrubam-no no chão. A arma cai da mão dele e encontra-se no meio dos três, que começam a brigar por ela.

Alex puxa forte o cabelo do bandido para ficar em pé e o prende em seus braços, dando a oportunidade para Chris pegar a arma e jogá-la para Theo. Ele volta-se para o encapuzado e o segura pelo colarinho, fazendo com que Alexandre o solte. Meu irmão joga o cara no chão e sobe em cima dele, logo começando a desferir socos consecutivos no rosto coberto.

Christofer finaliza os socos e levanta, chutando logo em seguida o tronco do sujeito, que solta gemidos de dor.

Bateu pouco.

— Me tira daqui — Mel implora sussurrando.

Abraço seu corpo firmemente e olho para a cena que está se desenrolando em nossa frente.

Alex e Chris levantam firmemente o homem do chão enquanto Theo liga para alguém — que suponho ser a polícia.

Meu pai vem em nossa direção, mas para na frente do bandido e tira a touca que cobre o rosto.

Eu não reconheço o homem, porém meu pai sim o faz.

— Antônio? — a raiva e surpresa estampam não só a voz, como também a expressão de Henry.

Eu continuaria a prestar atenção se Mel não tivesse se desequilibrado contra meu corpo. Rapidamente a pego no colo e levo-a para dentro de casa.

Proposta TentadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora