Aisha narrando
23:47, complexo do alemão
Algumas pessoas passam pela vida em puro cor de rosa, cheio de lembranças e piadas engraçadas. Eu nem fudendo era uma dessas pessoas.
Ali estava eu, jogada no chão da casa do monstro, o dono do alemão e até agora eu não sei o que eu fiz. Tentei me levantar, mas meu corpo doía pela surra que ele me deu, quando consegui notei que eu estava em um quarto até que bonito, a cama estava bem arrumada com um lençol azul marinho, a cabeceira era de madeira escura, dois criados mudos do mesmo tom da cabeceira um de cada lado da cama e sobre os dois tinha um abajur preto. Na frente da cama tinha uma tv grande no painel de madeira e uma rack preta abaixo da tv, sobre ela tinha uma caixinha e um papel.
Me aproximei lenta por causa dos machucados, peguei o papel e tinha algo escrito.
Se prepara que daqui pra frente você é minha.
O celular é pra você
Monstro
O que ele quis dizer com minha?
Deixei o papel no mesmo lugar e peguei a caixinha e abri, tinha um Iphone X, mas por que ele me deu um celular?
Deixei o celular sobre o criado mudo e fui até uma das 2 portas, girei a maçaneta, trancada, fui até a outra, girei a maçaneta e abri a porta, era o banheiro, e oh banheiro grande, cabe minha casa toda aqui dentro. Minha casa, eu pagaria qualquer coisa pra estar na minha casa, no meu quarto, na minha cama.
Senti lágrimas descerem pelo meu rosto, tranquei a porta do banheiro e fui até a pia, lavei meu rosto e me olhei no espelho, eu estava horrivel, fiz um coque frouxo no meu cabelo, abri o armario que fica do lado da pia a procura de algo para meus ferimentos, a unica coisa que encontrei foi alcool e cotonete. Vai ter que servir.
Tirei a roupa com cuidado e entrei no box,
Assim que a agua morna entrou em contato com minha pele gemi sentindo meus músculos relaxarem. Tomei um banho rápido, sai do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e com minhas roupas, o cotonete e o álcool na mão, joguei tudo na cama e abri o guarda roupas e tive uma surpresa, só tinha roupa de homem, tomara que esse não seja o quarto dele.
Peguei uma camiseta preta e uma cueca box. Coloquei a roupa sem sutiã mesmo, fui até o banheiro levando as coisas, coloquei um pouco e álcool no cotonete e passei no corte que tinha no meu supercílio, na minha boca e próximo ao meu olho esquerdo, após fazer um pequeno curativo nos meus machucados me deitei na cama e pensei como seria se eu estivesse em casa agora.
16 horas antes
-Vamo logo Aisha. -a Cloe tava pulando na minha cama.
-Sai Cloe, cacete são sete horas da manhã ainda. -cubri minha cabeça com o edredom.
-Foda se. A gente quer ir no shopping comprar roupas pro Baile hoje, e tu vai com a gente. -a Ísis entrou na conversa.
-Pra que? Nem dinheiro eu tenho, vo lá só pra ficar vendo ceis duas gastar?
-Cê sabe que noi vai comprar pra tu roupas também sempre foi assim, para de frescura. -a íris puxou o edredom.
-Ah que porra! Ceis duas são as piores melhores amigas da terra. -gritei enquanto entrava no banheiro.
Ouvi as duas darem um gritinho. Fiz minhas higienes, prendi meu cabelo num rabo de cavalo e voltei pro quarto.
-Peguei uma roupa pra você.
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Meu monstro -Vendida [Morro]
Ficção Adolescente+18| Aisha Mitchell mora no complexo do alemão, mas mesmo sofrendo dificuldades financeiras é uma garota feliz. Até que um dia descobre que sua mãe a vendeu pra pagar drogas e bebidas para o dono do morro Thiago Henrique, ou como é conhecido Monstro.